

Secretária da Semed e prefeito de Manaus: extinção de turnos escolares pretende reduzir despesas (Semcom)
Da Redação
O presidente da Associação Movimentos de Luta dos Professores de Manaus (Asprom), Lambert Melo, informou que o prefeito Arthur Virgílio Neto (PSDB) iniciou neste mês a extinção de turnos escolares das unidades de ensino da Secretaria Municipal de Educação (Semed).
A primeira unidade a ser atingida pela ação do prefeito foi a Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Dr. Raimundo Nonato Magalhães Cordeiro, localizada no conjunto Amazonino Mendes, zona Norte da cidade. Segundo o comunicado enviado pela Semed aos professores, a escola não terá mais o turno noturno no ano letivo de 2018. A medida prejudica, principalmente, alunos adultos que trabalham no período do dia e tentam recuperar os estudos, durante à noite.
Na semana passada, o prefeito autorizou a demissão de 1.224 professores temporários que terão que deixar seus cargos a partir do ano que vem e não fixou prazo para as substituições. A Secretaria Municipal de Educação (Semed) justificou a demissão dos educadores argumentando que o contrato deles foi encerrado.
Lambert Melo disse que o desligamento de professores está ligado ao programa de fechamento de turnos escolares nas unidades da Semed com vistas à redução de despesas.
Na última quinta-feira, 30, um grupo de professores e pais de alunos fizeram uma manifestação em frente à Escola Magalhães Cordeiro para protestar contra a extinção do turno noturno, no ano que vem. “A comunidade escolar é terminantemente contrária ao encerramento do turno noturno na referida escola”, afirmou Lambert.

Alunos, professores e pais de alunos se reúnem em frente à escola contra o fechamento do turno noturno (Asprom)
Ele disse que a Chefe da Divisão Distrital Centro-Sul (Zona Norte da cidade), Daniela Medeiros, informou aos professores que a intenção é encerrar o turno noturno em mais 4 escolas da Divisão, além da Escola Magalhães Cordeiro.
“Estamos coletado um abaixo-assinado, que já tem mais de 500 assinaturas, para ser encaminhado para as autoridades competentes, com o objetivo de evitar que a escola feche e a comunidade seja prejudicada”, afirmou o presidente da Asprom.
O protesto contra o fechamento da unidade começou na frente da escola e se deslocou em direção à Avenida Grande Circular, na altura da Bola da Feira do Produtor, congestionando o trânsito na área de fronteira das zonas Norte e Leste.
Não deixe de curtir nossa página no Facebook, siga no Instagram e também no X.