Manaus, 9 de maio de 2024
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Manchete

Após extinguir a Seplan, Amazonino promete planejar sua gestão

Após extinguir a Seplan, Amazonino promete planejar sua gestão

Amazonino Mendes: atual discurso contradiz os atos do passado (Assessoria de Imprensa)

 

Coluna Cenário

Ao tentar justificar a ausência de propostas concretas no seu Plano de Governo, o ex-governador Amazonino Mendes (PDT)  passou a dizer em suas propagandas de rádio e  televisão que é “preciso planejar  para não errar”. O ex-governador contradiz seus atos do passado.

Na época em que foi governador do Amazonas, pela primeira vez (1995-1998), ele extinguiu a pasta de Planejamento do Estado, no dia 29 de maio de 1995, conforme a Lei Estadual 2.330. Na época, a instituição se chamava Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Turismo (SICT) e tinha as mesmas atribuições da extinta Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan).  As informações estão no site da Secretaria de Estado de Planejamento, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Seplancti). 

Depois de repassar os funcionários da pasta que cuidava do Planejamento do Estado para uma nova pasta chamada de Secretaria de Estado de Indústria e Comércio (SIC), Amazonino acabou por completo o que restava da antiga Secretaria de Planejamento, transferindo suas atividades para a Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), no dia 4 de fevereiro de 2000, segundo a Lei Estadual 2.600, assinada em sua segunda gestão (1999-2002). 

As atividades da secretaria de planejamento do Estado só foram restabelecidas no primeiro governo  do senador Eduardo Braga (PMDB), de 2003 a 2006, quando ele criou a Secretaria de Estado de Planejamento e Desenvolvimento Econômico (Seplan) com a Lei 2.783 de 31 de janeiro de 2003.

Veja a cronologia das atividades da Seplan:

Fonte: Site da Seplancti

 

“Arrumar a casa”

As explicações de Amazonino Mendes sobre planejamento no Governo vieram após internautas questionarem nas redes sociais a única resposta que o candidato conseguia dar nos debates, quando perguntado por adversários sobre qual seria sua primeira medida após assumir o governo. Ele sempre respondia com a expressão:  “Vou arrumar a casa” para todas as perguntas, mesmo elas sendo direcionadas a temas específicos.

Nos mesmos debates, o ex-governador evitava dar detalhes  sobre as ações que seriam adotadas em um eventual retorno à gestão do Estado, passando a ser interpelado pelos adversários se seria ele, mesmo, quem administraria o Governo ou pessoas ligadas ao seu grupo, como o senador Omar Aziz (PSD) e o ex-governador José Melo (Pros).