Coluna Cenário
Ao tentar justificar a ausência de propostas concretas no seu Plano de Governo, o ex-governador Amazonino Mendes (PDT) passou a dizer em suas propagandas de rádio e televisão que é “preciso planejar para não errar”. O ex-governador contradiz seus atos do passado.
Na época em que foi governador do Amazonas, pela primeira vez (1995-1998), ele extinguiu a pasta de Planejamento do Estado, no dia 29 de maio de 1995, conforme a Lei Estadual 2.330. Na época, a instituição se chamava Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Turismo (SICT) e tinha as mesmas atribuições da extinta Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan). As informações estão no site da Secretaria de Estado de Planejamento, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Seplancti).
Depois de repassar os funcionários da pasta que cuidava do Planejamento do Estado para uma nova pasta chamada de Secretaria de Estado de Indústria e Comércio (SIC), Amazonino acabou por completo o que restava da antiga Secretaria de Planejamento, transferindo suas atividades para a Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), no dia 4 de fevereiro de 2000, segundo a Lei Estadual 2.600, assinada em sua segunda gestão (1999-2002).
As atividades da secretaria de planejamento do Estado só foram restabelecidas no primeiro governo do senador Eduardo Braga (PMDB), de 2003 a 2006, quando ele criou a Secretaria de Estado de Planejamento e Desenvolvimento Econômico (Seplan) com a Lei 2.783 de 31 de janeiro de 2003.
Veja a cronologia das atividades da Seplan:
Fonte: Site da Seplancti
“Arrumar a casa”
As explicações de Amazonino Mendes sobre planejamento no Governo vieram após internautas questionarem nas redes sociais a única resposta que o candidato conseguia dar nos debates, quando perguntado por adversários sobre qual seria sua primeira medida após assumir o governo. Ele sempre respondia com a expressão: “Vou arrumar a casa” para todas as perguntas, mesmo elas sendo direcionadas a temas específicos.
Nos mesmos debates, o ex-governador evitava dar detalhes sobre as ações que seriam adotadas em um eventual retorno à gestão do Estado, passando a ser interpelado pelos adversários se seria ele, mesmo, quem administraria o Governo ou pessoas ligadas ao seu grupo, como o senador Omar Aziz (PSD) e o ex-governador José Melo (Pros).
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