Os rodoviários voltaram a trabalhar na tarde desta segunda-feira, 28, após paralisação de 70% da frota. A interrupção do transporte público prejudicou cerca de 200 mil usuários, segundo o Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário do Amazonas (Sinetram), além de ter gerado transtorno no trânsito em vários pontos da cidade.
A nova paralisação ocorreu após a audiência sobre o dissídio coletivo da categoria ser adiada no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), onde a desembargadora Solange Santiago pediu vista do processo, o que desagradou os rodoviários.
No entanto, o ato é considerado ilegal, pois não obedeceu as normas da Lei da Greve, Lei 7.783/1989, que entre outros pontos, determina que o sindicato deve informar a decisão de greve previamente aos patrões e aos usuários do serviço, em um prazo de 72 horas de antecedência. O que não foi realizado pelo Sindicato dos Trabalhadores de Transporte Rodoviário (STTRM), que alegou que a decisão de paralisar foi tomada pelos motoristas e cobradores .
Nova Audiência
O Sindicato dos Trabalhadores de Transporte Rodoviário (STTRM) e o Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário do Amazonas (Sinetram) participam nesta quinta-feira, 1º, de uma nova audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
Na ocasião serão ouvidas testemunhas no processo movido pelo Sinetram contra o STTRM, na paralisação realizada em junho de 2017.
A audiência acontece às 10h30, na sede do TRT, no bairro Praça 14.
Prefeitura de Manaus
Em nota, a Prefeitura de Manaus, por meio da Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU), informou que não foi comunicada previamente da paralisação dos rodoviários e que condena o ato dos trabalhadores. “O prefeito Arthur Virgílio Neto tomou conhecimento do fato e lamentou que a categoria não busque o diálogo para resolver suas questões trabalhistas e apela para o bom senso dos trabalhadores, porque a população não pode ser penalizada”.
“O Tribunal trabalhista adia uma audiência que discutira a questão salarial dos rodoviários, por isso essa baderna na cidade? Isso é uma irresponsabilidade e eles (trabalhadores) não têm esse direito. A decisão da Corte precisa ser respeitada e é preciso pensarmos em todas as responsabilizações criminais e cíveis, com muito rigor, para evitar que esse clima de desordem tome conta da cidade”, afirmou o prefeito Arthur Neto.
De acordo com a Prefeitura de Manaus, a Procuradoria Geral do Município (PGM) vai avaliar o dano coletivo que a paralisação causou à população da cidade e deverá entrar com medida indenizatória em desfavor do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário de Manaus (STTR).
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