Manaus, 28 de abril de 2024
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Manaus, 28 de abril de 2024

Política

Aprovação dos aliados de Bolsonaro deve pesar nas eleições de 2024

Governadores que apoiaram o ex-presidente possuem bons índices de aprovação e isso pode influenciar nas eleições municipais este ano.

Aprovação dos aliados de Bolsonaro deve pesar nas eleições de 2024

(Foto: Divulgação / Montagem AM1)

Manaus (AM) – Em 2024, serão escolhidos os representantes para os cargos de vereadores e prefeitos no Brasil, e a chegada das eleições já mobiliza as figuras políticas que atuarão como cabos eleitorais, e eles terão impacto decisivo no pleito deste ano. 

Muitos contam com o tradicional apoio de figuras nacionais, como do presidente Lula e do ex-presidente Jair Bolsonaro; e, inclusive, o peso de figuras locais também deve ser decisivo.

Pesquisas de opinião mostram que os governadores eleitos que tiveram o apoio de Bolsonaro perfilam com bons índices de aprovação em sua gestão. 

No Amazonas, o governador Wilson Lima (UB) contou com o apoio do capitão da reserva na sua reeleição em 2022. E o chefe do Executivo amazonense crava mais de 56% de aprovação, segundo pesquisa realizada pelo instituto Futura Inteligência

Com números expressivos, os governadores aliados do ex-presidente Bolsonaro têm registrado alto índice de aprovação. A exemplo de Mauro Mendes (UB), do Mato Grosso, com 72,6% de aprovação média, e Ratinho Jr. (PSD), do Paraná, com 70,0%, em média.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), é um dos mais bem avaliados do país, tendo uma aprovação de 70% em sua gestão.

Outros que estão bem pontuados, cravando média acima dos 56%, são nomes como Tarcísio de Freitas, de São Paulo (SP); Romeu Zema, de Minas Gerais (MG) e Ibaneis Rocha, do Distrito Federal (DF), Jorginho Mello (SC), Antonio Denarium (RR) e Wanderlei Barbosa (TO).

Uma pesquisa do instituto Futura Inteligência aponta que a corrente ideológica da esquerda pode enfrentar desafios na corrida eleitoral municipal em 2024, especialmente, nas maiores capitais brasileiras.

O levantamento consultou 15 capitais brasileiras e os resultados mostram que a esquerda não foi citada como a preferência ideológica da maioria dos eleitores em nenhuma delas.

Para apurar os dados da maneira mais imparcial, o instituto perguntou: “O posicionamento político do candidato é importante na decisão do seu voto?” e “se sim, tem preferência por algum posicionamento político?”

Das 15, oito capitais afirmaram não ter preferência ideológica; nas outras sete, a direita foi a posição política mais favorecida.

Vale lembrar que os partidos de direita, a exemplo do Partido Liberal (PL), terão maiores verbas do fundo eleitoral, mesmo na gestão federal do Partido dos Trabalhadores (PT).

Análise política 

(Foto: Arquivo/Pessoal)

Aqueles que exercem cargos públicos podem influenciar nas urnas em 2024? Confira a opinião do professor, advogado e analista político Helso Ribeiro em entrevista ao Portal AM1.

“O chamado ‘recall’, que é a figura política conseguir transferir os seus votos em uma eleição próxima existe, sim; mas não na forma que pensamos. Por exemplo, um candidato eleito com 1 milhão de votos pode influenciar na opinião de voto do eleitor, mas não é certeza de que ele vai transferir esse mesmo 1 milhão de votos para outro”, disse.

O professor também ressaltou a importância de se ter cuidado com o parâmetro das pesquisas, pois algumas, segundo ele, podem ser direcionadas e isso pode influenciar a decisão de voto. Assim como também pelo fato de as eleições estarem próximas, a população quer solucionar problemas mais reais e palpáveis, e essa influência de figuras do âmbito federal se torna, às vezes, abstrata, por elas estarem distantes da população.

“Existem materiais direcionados para pessoas e eleitores que simpatizam com algumas figuras políticas. Os líderes atuais terão, sim, uma referência, e serão cartas a serem jogadas à população, alguns irão ser influenciados e outros não. Mas vale ressaltar que as eleições municipais de 2024 são muito próximas. As pessoas querem resolver os problemas locais, como as ruas asfaltadas, pontos de lixos, quadra pronta, e nisso, às vezes, essas lideranças nacionais se tornam abstratas, pois deixa de ser palpável”, finalizou o analista político.

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