BRASÍLIA/DF- A Câmara dos Deputados aprovou em sessão, nessa quinta-feira (5), o texto-base do projeto de lei 591/2021, que trata da privatização dos Correios. A maioria dos integrantes da bancada federal do Amazonas votou de forma favorável. Dos oito, quatro optaram pelo sim; dois votaram de forma contrária; um ausente e outro não pôde votar.
Os deputados Átila Lins (PP), Bosco Saraiva (Solidariedade), Capitão Alberto Neto (Republicanos) e Silas Câmara (Republicanos) apoiaram a proposta de oferecer a empresa pública para a iniciativa privada. Já os parlamentares José Ricardo (PT) e Sidney Leite (PSD) votaram de forma contrária.
O deputado Delegado Pablo (PSL) não participou da votação e Marcelo Ramos (PL), que presidia a sessão ordinária, não pôde votar.
Favorável ao projeto, Capitão Alberto Neto afirmou que a privatização dos Correios é essencial para os consumidores brasileiros que, segundo ele, vão pagar um preço mais barato pelo serviço.
“Os Correios precisam sim ser privatizados e esse é o momento ideal, porque a cada ano a empresa perde mercado e vai reduzindo seu valor. Não privatizar é um prejuízo para nação e quem paga a conta é o contribuinte. Nós deixamos de arrecadar R$ 2 bilhões por ano que poderiam ser investidos na saúde, educação e segurança”, defendeu o parlamentar bolsonarista.
Já para o petista José Ricardo, a proposta é prejudicial para a população brasileira. De acordo com ele, a privatização da estatal vai gerar demissão em massa, fechamento de agências, redução dos serviços, aumento dos preços dos serviços prestados.
“Além do que, não faz o menor sentido o governo federal abrir mão de uma empresa extremamente lucrativa. Somente no ano passado, os Correios geraram mais de R$ 1 bilhão em lucro, e em 20 anos, foram gerados R$12 bilhões, os quais 70% foram repassados ao governo federal, contrariando a falácia de que está dando prejuízo ao país. Portanto, é uma empresa muito lucrativa e necessária para o Brasil, para a Amazônia, por isso, votei contrário a essa proposta”, declarou.
O projeto que permite a entrada de empresas privadas na exploração do serviço postal brasileiro tramitou em regime de urgência e agora segue para análise do Senado Federal. A sessão desta quarta ocorreu em formato híbrido, finalizando com 286 votos a favor, 173 votos contra e duas abstenções.
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