Manaus, 3 de maio de 2024
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Manaus, 3 de maio de 2024

Cidades

Atalaia do Norte proíbe transporte de vegetais ao detectar praga do cacau

A monilíase é uma doença devastadora que afeta vegetais como o cacau e o cupuaçu, causando perdas de até 100% da produção.

Atalaia do Norte proíbe transporte de vegetais ao detectar praga do cacau

(Foto: Divulgação/Adaf)

Manaus (AM) – Após a detecção de um foco de Monilíase em Atalaia do Norte (a 1.137 quilômetros de Manaus), o município também entrou na lista de restrição de trânsito de vegetais e suas partes de espécies hospedeiras da praga Monilíase do Cacau e Cupuaçu. Além de Atalaia, o trânsito já estava restrito apenas para os frutos saindo de Benjamin Constant e Tabatinga.

A decisão foi publicada na edição de 11 de agosto do Diário Oficial do Estado (DOE) e aponta que, considerando a possibilidade da praga dispersar-se para outras regiões do estado do Amazonas e demais unidades da federação, fica proibido o trânsito de vegetais e suas partes de espécies do gênero Theobroma e Herrania e outras hospedeiros da praga Moniliophthora roreri, Monilíase do Cacau e Cupuaçu.

“Continuamos o trabalho de contenção e erradicação dos focos de monilíase no Alto Solimões. A detecção do foco em Atalaia do Norte é resultado do monitoramento nessa região. É muito importante que os produtores não transportem vegetais das espécies proibidas para outras áreas do estado e para outras unidades da Federação. Só com a união de todos teremos sucesso na contenção e supressão da praga”, afirmou o gerente de Defesa Vegetal da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf), Sivandro Campos.

A monilíase é uma doença devastadora que afeta vegetais dos gêneros Theobroma e Herrania, como o cacau e o cupuaçu, causando perdas de até 100% da produção de frutos e, consequentemente, a redução da renda do agricultor.

A detecção do primeiro foco da praga, no Amazonas, foi anunciada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), no dia 17 de novembro do ano passado, e aconteceu durante ações de monitoramento realizadas por uma equipe de técnicos do ministério em Tabatinga.

A confirmação se deu por meio de análise realizada pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Goiânia (LFDA/GO).

No dia 21 de novembro, o Mapa publicou portaria proibindo o trânsito de materiais vegetais das espécies hospedeiras oriundas dessas áreas para as demais unidades da federação.

Em dezembro, com restrição imposta pela Adaf, o trânsito também ficou proibido dentro do Amazonas.

(*) Com informações da assessoria

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