Manaus, 18 de maio de 2024
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Manaus, 18 de maio de 2024

Política

Ativistas protestam, em Brasília, contra destruição da Reserva Nacional de Cobre

Ativistas protestam, em Brasília, contra destruição da Reserva Nacional de Cobre

Enquanto membro da Frente Parlamentar Ambientalista, a deputada federal Conceição Sampaio (PP) diz que é contra os retrocessos ambientais e que extinguir a Renca será um retrocesso sem precedentes.

Ambientalistas argumentam que a extinção da Renca deixará uma área intocável da floresta amazônica sujeita a diversas ilegalidades. (Foto: Divulgação)

Representantes de movimentos de defesa socioambiental do país, do Ministério Público e um grupo de parlamentares da Frente Ambientalista realizaram, ontem (30), um ato na Câmara dos Deputados em protesto ao decreto do governo Temer que extinguiu a Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca). O governo alega que o objetivo da extinção é permitir a exploração de minérios e que serão mantidas as áreas indígenas e de conservação.

Enquanto membro da Frente Parlamentar Ambientalista, a deputada federal Conceição Sampaio (PP) diz que é contra os retrocessos ambientais e que extinguir a Renca será um retrocesso sem precedentes. “Nossa luta cada vez mais fortalecida contra a extinção da Reserva Nacional do Cobre e Associados”, frisou.

A reserva está localizada entre os Estados do Amapá e Pará e compreende uma área de aproximadamente 47 mil quilômetros quadrados (Km²), onde há registros da presença de cobre, ouro, manganês, ferro e outros minérios. Os ambientalistas argumentam que a extinção da Renca deixará uma área intocável da floresta amazônica sujeita a diversas ilegalidades.

Suspensão 

No mesmo dia do protesto, o decreto publicado pelo governo foi suspenso pela Justiça Federal, que determinou a suspensão dos efeitos de “todo e qualquer ato administrativo tendente a extinguir a Reserva”. O Palácio do Planalto já anunciou que vai publicar, no entanto, um novo decreto que mantém a área aberta à mineração, mas detalha “ponto a ponto” de como será a preservação ambiental na região. O novo texto diz, por exemplo, que não poderá haver mineração em unidades de conservação ambiental e indígena.

Mesmo após o anúncio de revogação do decreto, os ativistas declaram que a decisão do governo faz parte de um conjunto de medidas que representam um retrocesso para a política ambiental do país. Os organizadores querem que a pressão popular leve o governo a recuar de forma definitiva na decisão de extinguir a reserva.

 

(*) Com informações da Assessoria de Imprensa