Representantes de movimentos de defesa socioambiental do país, do Ministério Público e um grupo de parlamentares da Frente Ambientalista realizaram, ontem (30), um ato na Câmara dos Deputados em protesto ao decreto do governo Temer que extinguiu a Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca). O governo alega que o objetivo da extinção é permitir a exploração de minérios e que serão mantidas as áreas indígenas e de conservação.
Enquanto membro da Frente Parlamentar Ambientalista, a deputada federal Conceição Sampaio (PP) diz que é contra os retrocessos ambientais e que extinguir a Renca será um retrocesso sem precedentes. “Nossa luta cada vez mais fortalecida contra a extinção da Reserva Nacional do Cobre e Associados”, frisou.
A reserva está localizada entre os Estados do Amapá e Pará e compreende uma área de aproximadamente 47 mil quilômetros quadrados (Km²), onde há registros da presença de cobre, ouro, manganês, ferro e outros minérios. Os ambientalistas argumentam que a extinção da Renca deixará uma área intocável da floresta amazônica sujeita a diversas ilegalidades.
Suspensão
No mesmo dia do protesto, o decreto publicado pelo governo foi suspenso pela Justiça Federal, que determinou a suspensão dos efeitos de “todo e qualquer ato administrativo tendente a extinguir a Reserva”. O Palácio do Planalto já anunciou que vai publicar, no entanto, um novo decreto que mantém a área aberta à mineração, mas detalha “ponto a ponto” de como será a preservação ambiental na região. O novo texto diz, por exemplo, que não poderá haver mineração em unidades de conservação ambiental e indígena.
Mesmo após o anúncio de revogação do decreto, os ativistas declaram que a decisão do governo faz parte de um conjunto de medidas que representam um retrocesso para a política ambiental do país. Os organizadores querem que a pressão popular leve o governo a recuar de forma definitiva na decisão de extinguir a reserva.
(*) Com informações da Assessoria de Imprensa
Não deixe de curtir nossa página no Facebook, siga no Instagram e também no X.