
(Foto: Divulgação/Agência Câmara Notícias e Reprodução/Redes Sociais)
Brasília (DF) – Na última semana, um vídeo onde a Zona Franca de Manaus é atacada por membros do Movimento Brasil Livre (MBL), em uma plataforma de streaming, repercutiu amplamente. Apesar de ser usada com palanque político pela maioria dos deputados e senadores do Amazonas, desta vez a bancada do Amazonas não se manifestou sobre o assunto.
Termos “cuscuz com açaí” e “eu odeio a zona franca” foram citados pelo grupo na live realizada no último dia 1° de março.
Um dos apresentadores até afirmou que é preciso “destruir a Zona Franca”.
Os ataques geraram grande repulsa da imprensa amazonense e na população, entretanto os deputados e senadores que “defendem a Zona Franca” no Congresso Nacional não se pronunciaram em suas redes sociais e nem por meio de suas assessorias.
Veja o vídeo oficial completo:
Questionada se o senador comentaria o ocorrido, a assessoria de Eduardo Braga (MDB), relator da segunda fase da reforma tributária, que trata do Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), respondeu “claro que não”.
Para o cientista político Guilherme Soares, a omissão dos parlamentares dada a repercussão do assunto pode gerar uma instabilidade momentânea em suas vidas políticas, mas o brasileiro tem “memória curta” para política.
“Até lá, outros acontecimentos podem ocorrer que possam pesar para a popularidade daqueles que buscam um novo mandato. Infelizmente, o brasileiro possui uma memória muito curta para assuntos políticos e tende a não se lembrar tão facilmente de alguns acontecimentos,” disse Soares.
O ex-deputado federal Marcelo Ramos (PT) comentou sobre a fala dos membros do MBL, na última semana, e nesta segunda-feira (24) voltou a destacar o assunto.
No novo vídeo, Ramos comenta a entrevista de um empresário frustrado que produz uma quantidade mínima de produtos e quer competir no mercado.
“Ignorantes, entendam, se não fosse a Zona Franca de Manaus, nós teríamos zero bicicletas elétricas produzidas no Brasil, seriam todas produzidas na China”, disse o ex-parlamentar.
Em 2024, a Zona Franca de Manaus faturou mais de R$ 200 bilhões e manteve 127 mil trabalhadores entre efetivos, temporários e terceirizados.
A reportagem questionou o superintendente da Suframa, Bosco Saraiva, sobre as críticas do MBL, mas o ex-parlamentar se limitou a afirmar que “Águias não caçam moscas,” sugerindo que existem outros pontos mais importantes para a ZFM.
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