Manaus, 5 de maio de 2024
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Política

Bancada amazonense vira as costas para exploração na Foz do AM

A ausência da bancada pode ser conferida no painel de presença da audiência pública no portal da Câmara dos Deputados.

Bancada amazonense vira as costas para exploração na Foz do AM

(Foto: Câmara/Divulgação)

Brasília (DF) – Nenhum deputado federal amazonense compareceu à reunião da Frente Parlamentar Ambientalista, promovida nessa quarta-feira (31), na Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados, para debater a exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas.

A ausência dos parlamentares pode ser conferida no painel de presença da audiência pública, no portal da Câmara dos Deputados. Veja aqui

A reunião contou com a presença do presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, e de representantes entidades como o Ministério do Meio Ambiente, Ministério de Minas e Energia, Petrobras e do Observatório do Clima.

Entre os representantes da região amazônica, apenas os estados do Amazonas e Amapá não contaram com parlamentares presentes na reunião.

Ibama destaca riquezas naturais da região

Ao fazer uso da voz durante a audiência pública, o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, pontuou as fragilidades da exploração do petróleo na região que, segundo ele, é rica em diversidade natural.

“Essa é uma região sensível, uma região onde 80% dos manguezais do Brasil se encontram, com muitos mamíferos aquáticos, como peixe-boi, boto cor-de-rosa, boto cinza, baleia-fin e baleia cachalote”, afirmou o presidente – que ainda ressaltou que “é preciso ser rigoroso” quando se trata da exploração de petróleo em área tão sensível para pesca, que ainda conta com três unidades de conservação e uma área com terras indígenas.

Petrobras rebate

Já a Petrobras diz que os estudos mostram que o óleo não chegaria à Costa no caso de um vazamento.

A gerente-geral de Licenciamento e Conformidade Ambiental da estatal, Daniele Lomba, disse que o Brasil precisa de novas áreas de exploração para garantir a segurança energética. Segundo ela, a empresa montou a maior estrutura de resposta a emergências.

A polêmica começou após o Ibama rejeitar um pedido da Petrobras para perfurar a região. A negativa gerou reações no mundo político e dentro do próprio governo.

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