Manaus, 8 de maio de 2024
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Política

Bolsonaro diz que Anvisa fechou diálogo: ‘é impossível falar com o presidente’

'Não quero falar mais da Anvisa aqui, porque ela fechou o diálogo, é impossível falar com o presidente da Anvisa agora', disse Bolsonaro

Bolsonaro diz que Anvisa fechou diálogo: ‘é impossível falar com o presidente’

Foto: reprodução

Brasília/DF – O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (30) que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) fechou o diálogo e que é “impossível” falar com o diretor-presidente da instituição, Antonio Barra Torres, após questionar novamente decisão do órgão regulador de autorizar a vacinação de crianças contra a covid-19.

Em sua última live do ano, Bolsonaro disse que decidiu não vacinar a sua filha e levantou suspeitas sobre os riscos da imunização pediátrica contra o coronavírus.

“Não quero falar mais da Anvisa aqui, porque ela fechou o diálogo, é impossível falar com o presidente da Anvisa agora. Vamos debater isso, está mexendo com a vida das pessoas. Minha esposa se vacinou. Nossa filha, e nós entendemos que ela não tem nada a ganhar com a vacina”, afirmou ele.

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A Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à covid-19, do Ministério da Saúde, elaborou uma nota técnica em que reforça a segurança da aplicação das vacinas em crianças. “Antes de recomendar a vacinação da covid-19 para crianças, os cientistas realizaram testes clínicos com milhares de crianças e nenhuma preocupação séria de segurança foi identificada”, escreveu a chefe da pasta, Rosane Leite de Melo.

Bolsonaro já foi próximo do diretor-presidente da Anvisa — ambos são militares —, mas se afastaram após desentendimentos sobre vacinação contra covid.

Procurada, a Anvisa informou, por meio da assessoria de imprensa, que o diretor-presidente não deixaria de atender chamado ou contato do presidente da República.

O presidente afirmou que a vacinação das crianças deveria ser facultativa, mas ressalvou que o Ministério da Saúde tem autonomia para decidir e defendeu que as pessoas acompanhem a audiência pública que ocorrerá na pasta em 4 de janeiro que vai debater o assunto. No dia seguinte, o ministério deverá anunciar sua decisão.

A cúpula da Anvisa tornou-se alvo de ameaças mais intensas depois que Bolsonaro passou a questionar publicamente a decisão do órgão de autorizar a vacina da Pfizer para crianças de 5 a 11 anos. A instituição tinha sido alvo inicialmente de ataques desde outubro de pessoas contrárias a esse tipo de vacinação. O caso está sob investigação da Polícia Federal e sob análise do Supremo Tribunal Federal (STF).

(*) Com informações do UOL

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