Manaus, 14 de dezembro de 2024
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Política

Bolsonaro reconhece golpe de 1964, mas descarta tentativa em 2022

“O golpe de Estado não é o que o presidente quer. Ele tem que se articular com as Forças Armadas, com políticos, classe empresarial, como fizeram em 1964. Ter recurso, tropa nas ruas”, afirmou Bolsonaro.

Bolsonaro reconhece golpe de 1964, mas descarta tentativa em 2022

(Foto: Alan Santos/PR)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), indiciado pela Polícia Federal (PF) por suspeita de tentativa de golpe de Estado, reconheceu publicamente que o evento de 1964 no Brasil foi um golpe. A declaração foi feita ao UOL nesta quinta-feira (28).

“O golpe de Estado não é o que o ‘presidente’ quer. Ele tem que se articular com as Forças Armadas, com políticos, classe empresarial, como fizeram em 1964. Ter recurso, tropa nas ruas”, afirmou Bolsonaro em entrevista à coluna do veículo.

Essa foi a primeira vez que Bolsonaro utilizou o termo “golpe” para descrever a derrubada do então presidente João Goulart, que deu início ao regime militar no Brasil (1964-1985). Anteriormente, ele referia-se ao episódio como “revolução” ou um “ato institucional” do Congresso.

A declaração ocorre em meio a investigações sobre a suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições presidenciais de 2022, vencidas por Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Bolsonaro e outros 36 indivíduos foram indiciados pela PF no dia 21 de novembro por suspeitas de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe e organização criminosa.

Entre os investigados estão ex-ministros de seu governo, como Anderson Torres (Justiça), general Augusto Heleno (GSI), Braga Netto (Defesa); o ex-diretor da Abin e deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ); e o ex-assessor presidencial Marcelo Câmara.

 

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