Manaus, 26 de abril de 2024
×
Manaus, 26 de abril de 2024

Política

Bolsonaro diz que não decide sobre realização do Carnaval: ‘por mim, não teria’

O presidente ainda destacou que as mais de 600 mil mortes por covid-19 no Brasil foram causadas pela realização do Carnaval

Bolsonaro diz que não decide sobre realização do Carnaval: ‘por mim, não teria’

Foto: Alan Santos/PR

BRASÍLIA, DF – Em discussão sobre a realização do Carnaval em 2022, o presidente Jair Messias Bolsonaro comentou sobre o assunto e afirmou que é contra a realização da festa popular, mas a decisão não cabe a ele. Diversos municípios dos estados brasileiros já confirmaram que vão realizar o evento, no entanto, algumas cidades começaram a cancelar o Carnaval, com receio do aumento de casos da covid-19.

O presidente comentou o assunto em tom de ironia, já que o Supremo Tribunal Federal (STF) definiu como concorrentes as competências de União, estados e municípios sobre a pandemia. Bolsonaro ainda usou o tema para criticar os prefeitos e governadores que realizaram o evento em 2020, logo no início da pandemia no Brasil.

“Por mim, não teria Carnaval, mas tem um detalhe, quem decide não sou eu. Segundo o STF, quem decide são governadores e prefeitos. Não quero aprofundar nessa que poderia ser uma nova polêmica”, afirmou o presidente Jair Bolsonaro. O presidente ainda destacou que as mais de 600 mil mortes por covid-19 no Brasil foram causadas pela realização do Carnaval.

Leia mais: Mais festa: prefeito anuncia Carnaval de R$ 2,2 milhões para 2022

“Em fevereiro do ano passado ainda estavam engatinhando a questão da pandemia pouco se sabia praticamente não tinha óbito no Brasil eu declarei emergência. E os governadores e prefeitos ignoraram, fizeram Carnaval no Brasil. As consequências vieram. Chegamos aí a 600 mil óbitos. E alguns tentaram imputar a mim essa responsabilidade”, disse.

Apesar do comentário, Bolsonaro afirmou que “não está se esquivando e nem culpando outras pessoas”, mas que isso é uma “verdade”. “Todo o trabalho de combate a pandemia coube aos prefeitos e governadores. Para mim, o que coube: mandar recursos para estados e municípios. No total, gastamos no ano passado R$ 700 bilhões”, completou.

O veto ao Carnaval não depende apenas da vontade do presidente, mas ele pode adotar, legalmente, restrições que estariam sujeitas a questionamento na Justiça. Até o momento, o governo federal não apresentou tais medidas e nem sinalizou a intenção de implementar.

(*) Com informações do Uol

Acompanhe em tempo real por meio das nossas redes sociais: Facebook, Instagram e Twitter