Manaus, 30 de abril de 2024
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Brasileiros vivem momentos dramáticos antes de deixar escola em Gaza

Diante da situação iminente, o embaixador brasileiro consultou o grupo, pediu instruções ao Itamaraty, que decidiram deixar o local imediatamente.

Brasileiros vivem momentos dramáticos antes de deixar escola em Gaza

(Foto: Arquivo Pessoal/Gov)

Brasília (DF) – O grupo de 16 brasileiros que estavam abrigados em uma escola católica Rosary Sisters, na região Norte da cidade de Gaza, viveram momentos dramáticos antes de partirem para o Sul, onde aguardam autorização para entrar no Egito, de onde devem partir para o Brasil.

Na quinta-feira (12), uma aeronave da Presidência da República decolou de Brasília, para a operação de resgate dos brasileiros. O avião tem capacidade para até 40 passageiros.

(Foto: GovBR/FAB)

Composto principalmente por mulheres e crianças, o grupo presenciou bombardeios que cada vez chegava, mas próximo da escola onde estavam hospedados provisoriamente, aguardando as orientações do governo brasileiro.

A travessia chegou a ser suspensa pelo Itamaraty por motivos de segurança, mas o agravamento da situação do conflito fez com que o transporte ocorresse em caráter emergencial, segundo o embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas.

“O plano, hoje de manhã, era ir para Rafah, para a fronteira, e de lá cruzar a fronteira para o Egito. Estava tudo pronto pra isso, mas meia-hora antes do [início do] deslocamento, que deveria se iniciar às 12 horas (hora local), às onze e trinta recebemos a informação de que tudo isso havia sido cancelado. Ou seja, a fronteira foi cancelada”, disse o embaixador brasileiro.

Ainda segundo o embaixador, a situação foi ficando cada vez mais tensa após informações de que um prédio vizinho da escola seria bombardeado.

“Havia a ideia de um comboio internacional. Além do nosso ônibus, outros ônibus iriam também, juntos com outros funcionários internacionais. Tudo isso foi cancelado por Israel e a fronteira foi novamente fechada. Com isso, evidentemente, nosso público, os brasileiros, ficaram muito aflitos dentro da escola.”

Diante da situação iminente, o embaixador consultou o grupo e pediu instruções ao Itamaraty. “A decisão foi retirar o nosso pessoal da escola e como havíamos pensado ontem, colocá-los nessa cidade, que se chama Khan Younes, e que fica a pouco mais de dez quilômetros da fronteira e onde eles aguardarão que a fronteira seja reaberta. É muito mais seguro esperar em Khan Younis do que em Gaza.”

Para garantir uma noite mais tranquila, o Governo Brasileiro alugou uma pequena casa já em Rafah, a uma caminhada de distância do posto de fronteira com o Egito, para os 16 que estavam na escola.

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