Brigadistas tentam impedir que fogo atinja comunidades indígenas no AM

(Foto: Censipam/Reprodução)

Manaus (AM) – Mais 23 brigadistas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) chegaram à capital nessa segunda-feira (2) para combater o incêndio de grandes proporções no município de Iranduba e impedir que o fogo chegue à comunidade Janauari e as aldeias indígenas Tukana e Tuyuka.

O grupo do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) se junta aos 33 brigadistas do Prevfogo, que estão no Amazonas desde setembro.

Conforme o superintendente do Ibama, Joel Araújo, o alvo selecionado foi o incêndio que ocorre na região do Distrito de Cacau Pirera, criando uma extensa nuvem de fumaça que tem encoberto a capital do Amazonas. Os brigadistas do Ibama se instalarão nas comunidades próximas e combaterão o fogo diariamente. Há quase dois meses, os moradores de Manaus e das cidades vizinhas são afetados com a fumaça.

“Em alguns dias, as trincheiras estarão abertas em diversas direções e o fogo não poderá alcançar novas áreas. Ressalta-se que a linha de fogo em atividade direciona-se para a Comunidade do Janauary e à Aldeia Tukana e Tuyuka. O que se pretende é impedir que o fogo chegue a estas comunidades”, disse.

Ainda conforme Araújo, durante a reunião com o Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM), nessa segunda, ficou definido que será utilizada a técnica denominada de “trincheira”, que consiste em abrir rasgos no solo na direção para a qual a linha do fogo está se encaminhando. “Em alguns dias, as trincheiras estarão abertas em diversas direções e o fogo não poderá alcançar novas áreas”, concluiu.

Pior mês

O mês de setembro foi o mês em que o Amazonas mais sofreu com 6.991 focos de incêndios florestais, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Os focos de queimadas também foram registrados pelo Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam).