Mais de 80 pessoas alegam ter trabalhado como cabos eleitorais para o candidato a prefeito de Manaus pelo Partido Novo, Romero Reis, e denunciaram para o Portal AM1 a falta de pagamento pelos serviços. Segundo o grupo, foi prometido que as pessoas receberiam na última segunda-feira (23), o que, de acordo com eles, não foi cumprido.
Conforme a denúncia, os cabos eleitorais trabalharam na campanha do dia 14 de outubro a 14 de novembro em caminhadas, panfletagens e bandeiradas em sinais. Ainda de acordo com os denunciantes, eles atuaram não só para a promoção da imagem de Romero Reis, mas também para vereadores do Partido Novo.
Uma das pessoas que participaram da campanha, e não quis se identificar, explicou que o grupo reivindicou o pagamento no último sábado (21), mas que receberam como resposta que o candidato “não poderia movimentar a conta de campanha no final de semana”. Na segunda-feira, os cabos eleitorais alegam que foram informados pela equipe financeira de Romero que “não sabiam de nada e que nunca tinham visto essas pessoas”.
‘Denúncia não procede’
Ao ser questionado pela equipe de reportagem do Portal AM1, Romero Reis, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que a denúncia não procede e que todos os colaboradores que atuaram como cabos eleitorais foram pagos, tendo inclusive recebido como se estivessem exercido suas funções até o dia 30 de novembro.
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A assessoria ainda informou que Romero está de “consciência limpa, que pagou corretamente todos que trabalharam na campanha” e que aqueles que quiserem “entrar na Justiça, podem entrar”.
Mais rico
Romero foi o candidato a prefeito mais rico do Brasil nas eleições deste ano. O empresário declarou um patrimônio de mais de R$ 25 milhões ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e no dia do 1º turno, o candidato foi votar em em uma moto Harley Davidson – avaliada em mais de R$ 100 mil.
A prestação de contas de Romero Reis no Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais (DivulgaCand) apresenta R$ 95.700,00 como despesa com pessoal e R$ 23.512,50 com pagamentos para atividades de militância e mobilização de rua. Somados os valores, o empresário gastou um total de R$ 119.212,50 com pagamentos para colaboradores que atuaram na sua campanha.
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