Foto: Reprodução/Pixbay
O cacau é a semente do fruto que vem do cacaueiro, uma árvore perenifólia originária da Bacia do Rio Amazonas, já era cultivada pelos índios antes da chegada dos colonizadores à América.
O Brasil é o sétimo produtor mundial de cacau e desde 2017, a região Norte lidera a produção nacional, desbancando o Nordeste.
Em 2021, o Norte foi responsável por 55,8%, de acordo com a Food And Agriculture Organization of The United Nations (FAOSTAT). Isso se deve pelo fato da região fazer parte da floresta Amazônica, não sofrer com as secas e tem se mostrado menos suscetíveis à doenças.
O cacau é rico em flavonóides, epicatequinas, catequinas, antiinflamatórias e antioxidantes, seu consumo regular traz diversos benefícios para a saúde.
Estudos científicos já comprovaram que o cacau em uma dieta balanceada previne dislipidemias, tem influência contra o envelhecimento dérmico, retarda o envelhecimento cutâneo, auxilia na melhora do humor e combate sintomas de depressão e ansiedade.
Devido ao seu teor de flavonoides, diminui o risco de formação de coágulos sanguíneos, prevenindo a trombose e doenças cardiovasculares, ajuda a regular níveis de colesterol, por ser rico em teobromina, composto com atividade vasodilatadora acaba favorecendo a circulação do sangue para o cérebro, e também diminui inflamações.
A espécie pode ser dividida em três variedades, sendo elas: Forastero, Criollo e Trinitário. Cada uma delas é responsável por características únicas, que influenciam no produto final após o processamento.
Principal ingrediente na composição do chocolate, que também é um dos produtos mais consumidos do mundo, o cacau também é utilizado através de sua polpa em produtos como geleias, bebidas, sorvetes.
Um estudo realizado pela Universidade Federal da Paraíba mostrou a caracterização da polpa do cacau e seu potencial para a produção de bebidas probióticas, obtendo resultados positivos.
Curiosidade
O cacau possui mais concentração de flavonoides do que o feijão, cereja ou pêssego.
Entretanto, existem diferenças entre os chocolates. Por exemplo, o chocolate ao leite apresenta uma concentração menor do que o chocolate em pó e amargo, devido ao preparo dos diferentes tipos de chocolate.
O chocolate branco, em geral, nem pode ser considerado chocolate, já que possui aproximadamente 4% de cacau e na sua composição é utilizado a manteiga do cacau. Já o chocolate ao leite, contém aproximadamente 30% de cacau e o chocolate meio amargo 41%. Enquanto o chocolate amargo com percentual elevado, contém 70% ou mais de cacau.
Os flavonoides chegam a permanecer de 2 até 8 horas no corpo depois da ingestão, no entanto, podem ser reduzidos quando o cacau é consumido com leite ou se o cacau é ingerido como chocolate ao leite, no entanto. Isto se deve ao fato de ocorrer uma interação direta entre o polifenol e a estrutura alimentar, como as proteínas do leite, o que pode impedir a absorção do polifenol.
Portanto, como a meia-vida dos “avanóis dura cerca de duas horas, recomenda-se o consumo de alimentos fontes destes polifenóis de forma regular e frequente para manter alta e constante sua concentração sanguínea.
Os flavonoides são compostos benéficos para o organismo, mas não indispensáveis. Sua origem é natural, pois eles não são produzidos pelo nosso corpo e são encontrados em alimentos como o cacau, linhaça, soja, maçã, morango, chás verde e preto, alho, cebola, café e mel.
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