Manaus, 25 de junho de 2024
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Manaus, 25 de junho de 2024

Cidades

Campanha do ‘Amor’ renderá R$ 4,8 milhões às agências de publicidade

Campanha do ‘Amor’ renderá R$ 4,8 milhões às agências de publicidade

O Governo do Estado empenhou, via Secretaria  de Estado de Comunicação (Secom), R$ 4.863.396, para pagar quatro agências de publicidade, no período de 1o. de janeiro a 28 de fevereiro, segundo dados obtidos pelo Amazonas1 junto ao Portal Transparência.

Campanha vai retirar dinheiro dos cofres públicos.

Slogan da gestão pública é semelhante ao usado na campanha eleitoral de Amazonino (Reprodução/Internet)

Neste ano, o governo teve como principal campanha publicitária slogan semelhante ao usado na campanha eleitoral de Amazonino, no ano passado, denominada de “Amor à Causa Pública”.

As empresas que vão receber o montante são: 1001 Filmes, Produções e Eventos; View 360 Publicidade e Comunicação Integrada; Kintaw Designer Publicidade e Mene e Portela. A maior parte do valor foi para a Mene e Portela: R$ 2.208.860.  

Valores empenhados pela Secom por empresa:

  1. Mene e Portela: R$ 2.208.860
  2. Kintaw Design e Publicidade: R$ 1.345.863
  3. View 360 Publicidade e Comunicação Integrada: R$ 864.330
  4. 1001 Filmes, Produções e Eventos: R$ 444.336

A licitação para a contratação de agências de publicidade pela Secom ocorreu no ano passado e teve como vencedoras as empresas Mene, Kintaw e View 360. A 1001 Filmes tem apenas um contrato de prestação de serviços com o governo, mas não passou por concorrência pública.

MPC pede retirada de propaganda

O Ministério Público de Contas do Estado (MPC) recomendou que a Secretária de Estado de Infraestrutura (Seinfra) disponibilize no seu site, na internet, a relação de obras em andamento e que retire das placas das obras o slogan da atual gestão de Amazonino Mendes: “amor à causa pública”.

“Queremos garantir transparência e eliminar de qualquer propaganda institucional os slogans que se remetem aos governantes, que é a frase ‘amor à causa pública’. Foram estas duas providências”, disse o procurador de Contas Ruy Marcelo Alencar de Mendonça.

Segundo o procurador, é princípio constitucional que se divulgue na internet informações sobre as obras realizadas. “Nós observamos que não havia nem no portal da transparência (do Estado) nem no portal da Seinfra, de forma acessível ao público, independentemente de senha ou autorização, informações sobre as obras e seus respectivos contratos. Deve ter informações mínimas sobre as obras em andamento, quais obras em licitação e as obras paradas”, afirmou.

Quanto à propaganda institucional, Mendonça disse que ela não pode conter promoção pessoal dos governantes nem dos agentes públicos. “O que entendemos é que slogans, dizeres das frases que são instituídas pelos governantes, se veiculadas na propaganda institucional, adquirem este aspecto de marketing pessoal, de promoção pessoal, que é vedado constitucionalmente”, disse.

Veja um dos vídeos da campanha

https://www.youtube.com/watch?v=JYHLKh5cqEs