Manaus, 2 de maio de 2024
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Manaus, 2 de maio de 2024

Eleições 2018

Candidatos ao Governo do Amazonas trocam farpas em último debate

O confronto de propostas ocorreu na noite da última quinta-feira, 25,na TV Amazonas, afiliada da Globo no Estado

Candidatos ao Governo do Amazonas trocam farpas em último debate

Wilson Lima e Amazonino Mendes no debate antes do segundo turno das eleições 2018

O último debate antes do segundo turno das eleições, que acontecem no próximo domingo, 28, e que definirão quem governará o Amazonas pelos próximos quatro anos, foi realizado na noite da última quinta-feira, 25, pela TV Amazonas, afiliada da Globo no Estado. Wilson Lima (PSC) e Amazonino Mendes (PDT) – que concorre à reeleição-, trocaram alfinetadas e falaram superficialmente das propostas contidas em seus planos de governo. A discussão foi mediada pelo jornalista Carlos Tramontina, da Globo de São Paulo.

Wilson Lima e Amazonino Mendes no debate antes do segundo turno das eleições 2018

Wilson Lima e Amazonino Mendes no debate antes do segundo turno das eleições 2018

Enquanto Amazonino Mendes tentava associar a imagem de Wilson Lima à inexperiência em gestão pública, Lima mostrou que andou treinando sobre assuntos como a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e outros temas administrativos e disse que não teve o apoio da “máquina” para tentar se eleger.

Lima acusou Amazonino de ter deixado a campanha de lado, para “criar uma máquina de notícias”, tentando desconstruir a imagem do opositor. A crítica foi pautada em notícia da coluna Radar, da Veja, que publicou, na última semana, a informação de que o TRE emitiu 12 decisões contra fake news, associadas a Amazonino e postadas em sites que apoiam a candidatura do atual governador.

Já Amazonino, afirmou que o vice de Wilson Lima na chapa majoritária, o defensor público Carlos Almeida, apoia o pagamento de indenização às famílias dos presos mortos durante conflito, em 2017, no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, afirmando que ele “passa a mão na cabeça de bandido”.

Questionado, mais uma vez, sobre o contrato assinado com a empresa americana de consultoria na área de Segurança, Giuliani Security, Amazonino disse que prefere pagar R$ 5 milhões através do contrato, do que pagar R$ 3 milhões em indenização à família dos presos de bandidos.

Amazonino também retomou a polêmica do início da campanha eleitoral, de que Wilson Lima havia negado já ter trabalhado no serviço público, quando na verdade, o jornalista já foi funcionário da Prefeitura de Manaus, durante a gestão do próprio Amazonino. “Eu fui prefeito e você trabalhou na prefeitura. E o que é mais grave: saiu porque era desidioso”. 

Ainda no bloco que tratou de temas livres, Wilson Lima falou dos problemas na saúde pública e das filas. Amazonino se enrolou na resposta e disse que, agora, não há mais filas físicas nas unidades de saúde, e sim, filas virtuais. Os agendamentos, atualmente, de parte dos procedimentos da Secretaria de Estado da Saúde (Susam), são feitos via Sistema de Regulação, e demoram, em alguns casos, meses para serem realizados.

Ainda sobre a Saúde, Amazonino afirmou que não há desabastecimento de medicamentos no Estado, e que “é um milagre”. Depois, voltou atrás e disse que nunca afirmou que a saúde estivesse perfeita, mas que estava recuperando o sistema. “Ninguém me ouviu dizer que está tudo bem, que está tudo normal. Eu disse que estamos avançando”.

Outra questão polêmica que pautou o debate foi a BR-319, que liga o Amazonas a Rondônia e tem o trecho central intransitável. Enquanto Amazonino dizia que ia tomar para o estado a responsabilidade de asfaltar a rodovia, Lima questionava de onde virá o recurso, uma vez que a estrada é federal e, portanto, de responsabilidade da União. “Não estou aqui para vender ilusões”, frisou Lima. Amazonino, por sua vez, disse que é não é um “bicho de sete cabeças”, apesar de o imbróglio envolvendo a estrada já durar décadas.