Dos 52.447 candidatos a prefeito e vereador nas Eleições de 2020, 9,4% declararam à Justiça Eleitoral ter dinheiro em espécie guardado fora dos bancos. Na lista consta dois candidatos do Amazonas: Romero Reis (Novo) e Assis Morais (PSDB), postulantes aos cargos de prefeito e vereador, respectivamente, que informaram ter em mãos a média de R$ 3 mil, cada um.
O levantamento divulgado neste domingo (1°) foi feito pelo site Metrópoles, com base nas declarações de bens recolhidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo a apuração, ao todo, são R$ 1,45 bilhão entre notas de real, dólar, euro e até won norte-coreano.
Mas como os próprios candidatos preenchem a declaração de contas ao TSE, podem ter erro de digitação. Segundo o órgão, caso os valores estejam errados, as retificações podem ser feitas pelo próprio candidato.
Caso contrário, “o Juiz Eleitoral faz o exame do pedido do registro de candidatura e, se identificar discrepâncias no valor dos bens, poderá solicitar diligência”, explicou o TSE, em nota.
Os não-milionários
Deixando de fora os milionários, há ainda os que afirmam possuir mais de R$ 50 mil em casa. E eles não são poucos: são 243 políticos com no mínimo quinhentas notas de 100 reais guardados em endereço doméstico.
Na contramão, nem só montanhas de dinheiro foram registradas pelos possíveis vereadores e prefeitos do país. Entre as quantias declaradas à Justiça Eleitoral, tiveram os que listaram R$ 0,42 em posse.
Investigação
Investigadores da Polícia Federal estariam mirando candidatos que declararam à Justiça Eleitoral guardar grandes somas de dinheiro em casa. Segundo reportagem da Folha de São Paulo, essa é uma variável importante para a decisão de quais pontos estratégicos no país serão monitorados por drones nestas eleições.
Procurada pelo Metrópoles, a PF afirmou que não comenta e nem confirma possíveis investigações em andamento.
(*) Com informações do Metrópoles.
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