Para se ter uma ideia, outras competições do nível Pro Tour premiam os ganhadores com 60 mil pontos, quantidade menor do que as dos vice-campeões mundiais, que somam 64 mil. Um campeonato cinco estrelas soma 40 mil pontos aos primeiros colocados, quase a mesma dos skatistas que ficarem na quarta posição dos Mundiais Em campeonatos nacionais os vencedores ganham 3.330 pontos, que é a mais próxima de quem ficar no 21.º lugar nos Mundiais.
“Nunca dois Mundiais foram no mesmo país em modalidades diferentes. E, ainda mais, na mesma cidade e em semanas consecutivas”, explica Eduardo Musa, presidente da Confederação Brasileira de Skate (CBSk). “A luta para trazer esses campeonatos foi muito importante para os atletas poderem competir em ambientes conhecidos, mas também pelo fomento e divulgação do esporte, para as pessoas entenderem todo o processo olímpico em torno do skate.”
O atual campeão do mundo no Park é o brasileiro Pedro Barros. Um dos favoritos ao título, ele destaca a importância de o campeonato ser realizado no Brasil. “Esse movimento maior que estamos tendo é muito legal porque incentiva mais pessoas a praticarem o skate. Se pelo menos uma criança assistir à gente na pista e começar a andar, já terá valido a pena”, diz.
Número 7 do mundo no Park, Yndiara Asp acredita que ter a família e os amigos torcendo de perto será um grande incentivo. “São eles que me ajudam no dia a dia e poder abraçá-los depois da competição é muito legal. Eu espero que todos gostem de competir aqui. Nosso País tem um calor humano que é muito especial e quero que todos se sintam bem”, avisa.
A seleção brasileira de Park estará em peso na competição, com Luizinho Francisco, Isadora Pacheco, Murilo Peres, Dora Varella, Hericles Fagundes, Victoria Bassi, Pedro Quintas e Letícia Gonçalves. “Sempre que a gente compete no Brasil, entramos com mais garra, com mais vontade. Isso é uma coisa que coloca a gente para cima. Se você não souber absorver bem essa energia, acaba se tornando uma pressão. É muito importante este campeonato no Brasil, porque é diferente do mundo inteiro, onde somos os ‘de fora’ e não tem muita gente para passar energia. Então, é especial competir aqui”, diz Murilo.
O atleta também acredita que o evento é importante para incentivar a modalidade no Brasil. “Quando temos um campeonato desse nível, a cena cresce, seja para as pessoas que estão lá prestigiando, seja para os competidores terem uma visão do quanto os brasileiros estão torcendo pela gente”, comenta.
Na lista masculina, destaque para o brasileiro Kelvin Hoefler, com cinco títulos mundiais no currículo. “Certamente virão os melhores do mundo e também muitos que estarão em Tóquio em 2020”, diz Kelvin.
(*) Com informações da Estadão Conteúdo
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