Paulo Caruso faleceu, aos 73 anos, vitimado por um câncer no intestino (Foto: Reprodução/Instagram Paulo Caruso)
O cartunista e chargista Paulo Caruso, 73 anos, morreu na manhã deste sábado (4), em São Paulo, vitimado por um câncer no intestino.
Caruso será velado na manhã de domingo (5) e o enterro está marcado para segunda-feira em uma cerimônia fechada para a família e os amigos.
Trajetória
Paulo Caruso dizia ter começado no desenho aos quatro anos de idade, sempre acompanhado do irmão gêmeo Chico. Sua iniciação como cartunista e chargista nas redações se deu no Diário Popular em fins da década de 1960 e colaborou com os jornais Folha de São Paulo e Movimento.
Nos anos 1970, integrou a equipe de O Pasquim com Millôr Fernandes (1923-2012), Jaguar e Ziraldo. A partir de 1988, passou a assinar a coluna Avenida Brasil na revista “IstoÉ”. Em 1992, as charges publicadas na revista foram compiladas em um livro com o mesmo nome da coluna.
Em 1994, foi agraciado com o prêmio de melhor desenhista, pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA). Caruso fazia parte do programa Roda Viva (TV Cultura) desde 1987, ilustrando com sua pena rápida as entrevistas. Sua última participação foi no dia 2 de janeiro, com a entrevista do ministro Rui Costa.
Homenagens
A morte de Caruso foi lamentada por diversos políticos, muitos retratados pelo artista. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, via Twitter, chamou Caruso de “grande desenhista e cronista político” e completou com “ele contribuiu com seu talento na luta pela democracia e por um país com direito à liberdade de expressão”.
Nas redes sociais, o cartunista foi lembrado ainda por Fernando Haddad (PT), Alexandre Padilha (PT), Janaina Paschoal (PRTB) e Guilherme Boulos (PSOL).
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