MANAUS, AM – O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) prorrogou a prisão do casal Joabson Agostinho Gomes e Jordana Azevedo, donos da rede de supermercados Vitória. Eles são acusados de terem ordenado a execução do empresário e sargento do Exército Lucas Ramon Guimarães, de 29 anos, morto no dia 2 de setembro.
De acordo com a delegada Marna de Miranda, da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), que investiga o caso, Joabson e Jordana não estão colaborando com as investigações, o que levou a Polícia Civil a pedir a prorrogação da detenção. Segundo a delegada, eles chegaram a ser interrogados, mas pouco ajudaram.
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“É uma investigação bastante sensível e ainda temos diligências a serem finalizadas, relatórios técnicos e, inclusive, todos sabem que há uma carência de servidores nessa delegacia – o que não contribui muito para o nosso trabalho, mas solicitamos do Judiciário a prorrogação da prisão temporária, assim como a prorrogação do prazo para a entrega do inquérito”, disse a delegada.
Ainda segundo a delegada, o casal não entregou os celulares pessoais à Justiça. Joabson chegou a entregar apenas um celular à Polícia para perícia, mas ele teria sido comprado apenas 5 dias antes da entrega.
A prisão de Joabson e Jordana foi prorrogada por 30 dias. Já em relação ao atirador que matou Lucas Ramon, segundo a delegada, não há quaisquer informações sobre sua identificação. A DEHS continua em busca do homem que matou o empresário.
Entenda o caso
Lucas Ramon Guimarães, de 29 anos, foi morto no dia 2 de setembro de 2021 em sua cafeteria na avenida Ayrão, no bairro Praça 14, na Zona Sul de Manaus. Na ocasião, um atirador chegou à cafeteria, localizada ao lado do Hospital Santa Júlia, e atirou no empresário. O principal acusado de mandar matar Lucas é o próprio Joabson Agostinho Gomes.
Lucas era casado com a filha do dono do Hospital Santa Júlia, a quem deixou grávida. Segundo as investigações, ele também mantinha um relacionamento extraconjugal com Jordana, e o caso foi descoberto após Joabson descobrir que a esposa entregava dinheiro para Lucas. De acordo com Marna de Miranda, a dona da rede de supermercados entregava envelopes de dinheiro que, somados, totalizavam R$ 200 mil, a Lucas Ramon. O sargento chegou a devolver o valor a um funcionário da rede.
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