Foto: Márcio Silva/AM 1
MANAUS, AM – Na iminência de uma nova cheia histórica, a população que vive às margens do Rio Negro, e que mora em palafitas ou casas no bairro educandos, mais uma vez sofre com o volume de água que só aumenta. Moradores da região receberam equipes da prefeitura e defesa civil para a construção de pontes na área, no entanto os problemas vão além de ter onde caminhar. Os comunitários estão abrigados na casa de vizinhos e perdendo comida e eletrodomésticos.
A equipe de reportagem do portal Amazonas 1 foi até o local e conversou com alguns moradores dessa área mais afetada e que todos os anos sofrem com o aumento do nível do rio, que obriga famílias a viverem com péssima condições sanitárias, inclusive no meio do lixo.
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A aposentada Yvone Lira, de 71 anos, mora no local desde criança. Em casa ela divide o lar com pelo menos 8 pessoas, a família é grande e as condições de moradia são poucas.
“Todo o ano é mesma coisa, a mesma agonia. Seja em situação de seca ou cheia a gente sofre. Quando seca o lixo invade nossas casas, quando a cheia vem os bichos invadem nossas casas. Fora o prejuízo eu perco tudo, geladeira, cama, colchão. É uma situação muito difícil a nossa”, declarou a aposentada.
Foto: Márcio Silva/AM 1
Além dela, quem está na mesma situação é o aposentado Milton Gonçalves. O morador afirmou que outro problema que atinge famílias na região é complicações na saúde, por conta da água, famílias sofrem muito com pragas e acabam contraído sarnas e outras reações a ácaros.
“A gente sofre com muita coceira, meus filhos, meus netos. Todo mundo da família sofre com essas coceiras, isso vem da água, nosso corpo fica todo marcado, nem conseguimos dormir”, declara. O problema vindo da água pode causar ainda complicações voltadas para rinite e conjuntivite alérgica. “A prefeitura chegou a vir aqui nas casas e distribuiu cloro para a agente jogar na água.
Educandos recebe amparo
Segundo equipes da prefeitura presentes no local para projetar e construir pontes para a população, os trabalhos devem levar no máximo 3 três dias, podendo ser entregue ainda na sexta-feira (7). “É possível que a gente consiga entregar tudo até sexta. O local é de difícil acesso então tudo é mais difícil, mas estamos atuando na região, o trabalho pode levar até três dias”.
Foto: Márcio Silva/AM 1
Além da construção de pontes, a população que vive no Educandos foi atendida também pelo Auxílio estadual Enchente, que leva o crédito de R$300 para vítimas da cheia no estado. O benefício deve alcançar mais de 100 mil famílias em todo o Amazonas. Os moradores do bairro educandos foram alcançados pelo benefício, só ainda não receberam o valor e nem encontraram um lugar com o valor e nem que comporte famílias com mais de 8 pessoas.
“Chegou até nós. Fizemos o cadastro agora quando vão depositar eu não sei. Ontem minha nora saiu com meu filho atrás de casa para alugar porque estamos dormindo na casa do vizinho mas ainda não acharam um lugar de R$ 300, o mínimo é 450 ou 500 mas ainda assim é muito pequeno”, diz Yvone Lira.
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