Manaus, 29 de março de 2024
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Manaus, 29 de março de 2024

Vereadores autorizam David Almeida a ressuscitar contrato bilionário de painéis solares

Vereadores autorizam David Almeida a ressuscitar contrato bilionário de painéis solares

Os vereadores da Câmara Municipal de Manaus (CMM) aprovaram, por unanimidade, nesta quarta-feira, o Projeto de Lei n° 011/22 que autoriza o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), a contratar empresa para exploração de painéis solares na capital. O contrato, engatilhado desde os últimos momentos de gestão do ex-prefeito Arthur Neto (PSDB), estava esquecido pelo atual prefeito, mas, agora, nota-se o interesse em realizar a aquisição.

Na época em que foi engatilhado por Arhur Neto, o contrato seria de R$ 1,3 bilhão. O valor foi oficializado em dezembro de 2020, no apagar das luzes da gestão de Arthur Neto. A negociação foi fechada com a empresa Amazon Watt S.A, que tinha como presidente Leandro Gagliardi de Almeida Barreto, braço direito do empresário Cyro Batará, dono da rede Diário de Comunicação, que hoje é o proprietário da empresa. Porém, a aprovação desta quarta-feira não indica se é a mesma empresa que vai assumir o contrato ou se será feita uma nova licitação.

O acordo, além do valor exorbitante, vai até 2048. Nessa terça-feira, o Portal AM1 mostrou o pedido de urgência enviado para os vereadores.

Leia mais: David Almeida quer ressuscitar contrato de painéis solares engatilhado por Arthur Neto

Logo que assumiu o comando da Prefeitura de Manaus, David Almeida foi questionado pelo Portal AM1 sobre o eventual contrato. Na época, o prefeito afirmou que não tinha interesse na concessão dos serviços de painéis solares. Porém, agora, Almeida demonstra total interesse na aquisição bilionária que terá vigência até 2048, conforme o contrato deixado engatilhado por Arthur Neto.

Na CMM, o PL da Prefeitura de Manaus começou a tramitar na segunda-feira (21) e foi aprovado dois dias depois, por unanimidade e em regime de urgência.

Segundo o vereador Rodrigo Guedes (PSC), o projeto foi votado sem qualquer discussão, mesmo sendo uma proposta complexa e importante para a capital.

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Foto: Robervaldo Rocha/CMM

“O mais grave de tudo isso é que o projeto foi apresentado na segunda-feira e foi aprovado na quarta, um projeto de uma magnitude, em termos de valores, enormes, sem nenhum debate […] Meu voto não vai mudar, é só um. O mais grave é tirar essa prerrogativa do parlamentar de discutir, a sociedade teria que saber o que está sendo aprovado”, reclamou o vereador.