Manaus, 2 de maio de 2024
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Cidades

Charquearia é interditada pela Adaf em Rio Preto da Eva

Segundo a Adaf, a charque, que é produzida no local, estava sendo embalada e comercializada sem a devida autorização do órgão de defesa

Charquearia é interditada pela Adaf em Rio Preto da Eva

FOTOS: Divulgação/Adaf

A Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (Adaf) interditou, cautelarmente, uma unidade de beneficiamento de carne no município de Rio Preto da Eva (a 57 quilômetros de Manaus), na última quarta-feira (19). O produto final – charque – estava sendo embalado e comercializado sem a devida autorização do órgão de defesa, uma vez que o processo para liberação do Serviço de Inspeção Estadual (SIE) ainda não foi finalizado junto à Adaf.

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A fiscalização no local foi uma operação conjunta da Adaf com a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), visto que também havia denúncias quanto à segurança dos trabalhadores.

Foram apreendidas, aproximadamente, cinco toneladas de charque, que ficarão retidas no próprio estabelecimento, sob a responsabilidade do proprietário na condição de fiel depositário. Amostras do produto foram coletadas para análise laboratorial, com o objetivo de descartar a possibilidade de contaminação.

“Se for constatado que os produtos apresentam condições impróprias para consumo, serão destinados à destruição”, explica o fiscal agropecuário médico veterinário, Haruo Takatani, que coordenou a fiscalização da Adaf.

Fiscais da Adaf verificaram, ainda, que a charquearia apresenta uma série de problemas nas condições higiênico-sanitárias, comprometendo a qualidade dos produtos finais, como oxidação de estruturas, lava-botas com defeitos, deficiência na cobertura da estufa e no piso, ralo sem proteção e armazenagem de produtos de limpeza em local inadequado, entre outras inconformidades.

O coordenador local, médico veterinário (coordenação de carnes), Gerardo Bezerra, ressalta que também há processos pendentes de documentação na Adaf que não foram atendidos pelo estabelecimento.

“Ele solicitou registro junto ao Serviço de Inspeção Estadual, mas não apresentou toda a documentação requerida para esse tipo de estabelecimento. Em razão disso e das irregularidades sanitárias encontradas, o estabelecimento foi interditado com suspensão das atividades produtivas até que as pendências sejam sanadas. Já tem um ofício da Adaf listando toda a documentação necessária para a regularização”, detalhou Gerardo.

A operação de fiscalização ocorreu em atendimento a uma denúncia. Qualquer cidadão pode encaminhar à Adaf denúncias relacionadas ao processamento de alimentos de origem animal, por meio da Ouvidoria da autarquia, pelo telefone (99380-9174).

 

(*) Com informações da Adaf