Manaus, 5 de maio de 2024
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Manaus, 5 de maio de 2024

Cidades

Chefe de investigação do 12º DIP aparece em vídeo cobrando suposta extorsão

No vídeo, o investigador Geraldo Filho, chefe de investigação do 12º Distrito Integrado de Polícia (DIP) recebe 1,2 mil para supostamente liberar um carro

Chefe de investigação do 12º DIP aparece em vídeo cobrando suposta extorsão

O investigador Geraldo Filho recebe dinheiro de extorsão (Foto: Amazonas1)

A redação do Amazonas1 recebeu, com exclusividade, um vídeo que mostra o chefe de investigação do 12º Distrito Integrado de Polícia (12º DIP), investigador Geraldo Filho, recebendo dinheiro, para possivelmente liberar um veículo apreendido que se encontrava na delegacia.

A gravação, feita há pelo menos oito meses, ocorreu na sala do investigador, nas dependências da unidade policial.

Na ocasião, Geraldo Filho recebe uma quantia em dinheiro e questiona o valor, em seguida, pede para um policial civil da delegacia ligar para uma “vítima”.

Sem conferir o valor, o investigador guarda o dinheiro na gaveta de sua mesa. A suposta extorsão seria referente a um carro que estava apreendido.

Em seguida, o investigador entrega o molho de chave de um carro para a pessoa e indaga se ela sabe dirigir. Nervosa, a vítima afirma que sim e deixa a delegacia.

 

Investigação

 

Ao ter conhecimento da denúncia na semana passada, a Polícia Civil, por meio da Unidade de Apuração de Ilícitos Penais (UAIP) da corregedoria da Polícia Civil abriu procedimentos para apurar as inúmeras denúncias contra o investigador.

Essa investigação tramita em segredo de justiça, mas, o Amazonas1 obteve a confirmação que o procedimento de apuração foi instaurado.

Durante as investigações no 12º DIP, os policiais civis encontraram uma tabela com anotações de preços variados de celular. O fato chamou a atenção da equipe policial.

Isso porque, além da denúncia para liberar os veículos apreendidos, também existia um esquema para devolver os celulares oriundos de roubos e que eram vendidos no aplicativo OLX.

No esquema, a equipe policial identificou que as pessoas que haviam comprado celular sem saber da origem acabavam pagando para não serem presas. Elas pagavam o valor estipulado pelo investigador conforme a marca do celular.

O material foi recolhido para processamento de inquérito policial. O investigador Geraldo Filho foi transferido para a Delegacia Especializada em Apuração de Atos Infracionais (Deaai). 

Além do investigador Geraldo Filho, outros policiais civis que faziam parte da unidade policial, inclusive, o delegado Raul Augusto Neto também foram transferidos. 

 

Veja o vídeo: