(Foto: Reprodução/Redes Sociais)
Em meio ao isolamento provocado pelo intenso período de cheia, o município de Apuí enfrenta sérios problemas de abastecimento. A escassez de alimentos, água potável e combustíveis tem afetado diretamente a população local.
Em entrevista à Agência Brasil, o prefeito de Apuí afirmou que alguns insumos já estão escassos no município, especialmente os alimentos perecíveis e produtos refrigerados.
“Por enquanto, ainda estamos desabastecidos. Os principais itens, tipo combustível S10, gasolina. A questão dos perecíveis é que não tem mais, a questão dos frios, né? Não tem, não tem mais nada, mas isso já não tem mais nada há dias”, declarou em entrevista ao veículo.
A interrupção tem gerado transtornos significativos no transporte de cargas e na locomoção dos moradores de cidades do sul do Amazonas, como Apuí, Lábrea e Manicoré.
A situação de emergência no município foi oficialmente decretada no dia 28 de março de 2025, por meio de um documento assinado pelo prefeito de Apuí, Antônio Marques Maciel. A decisão foi motivada pela inundação que interrompeu o tráfego de veículos na BR-230, nas proximidades de Humaitá, no interior do Amazonas.
Posteriormente, o governador do Amazonas, Wilson Lima, também reconheceu a gravidade da situação e assinou, em 10 de abril, o Decreto nº 51.544, que oficializa a Situação de Emergência em nível estadual.
A medida visa acelerar as ações de resposta aos danos causados pelas cheias, que já resultaram em prejuízos materiais, ambientais, econômicos e sociais. A iniciativa reforça a decisão da Prefeitura de Apuí, que havia declarado emergência no dia 1º de abril, por meio do Decreto Municipal nº 011/2025.
Mobilidade e agrava crise logística
A cheia comprometeu severamente a mobilidade na região. O desabamento de pontes e bueiros em rodovias federais, estaduais e estradas vicinais tem dificultado o deslocamento da população e o escoamento da produção local.
A interdição da BR-230 levou o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) a declarar situação de emergência na rodovia. A medida autoriza ações emergenciais para recuperar os trechos danificados e restabelecer o tráfego. No entanto, devido à cheia do rio Madeira, ainda não há previsão para a liberação da via.
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