PIAUÍ, PI – Ao ser eleito senador do Piauí, nas eleições de 2018, o atual ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), omitiu ao menos três empresas – das quais atua como sócio – da sua declaração de bens à Justiça Eleitoral. Juntas, as companhias têm capital social no valor de R$ 135 mil.
As empresas omitidas na declaração de bens são; JJE Agenciamento de Seguros e de Serviços LTDA., Speed Marketing e Comunicações e Speed Produtora.
A informação foi divulgada pelo jornal Metrópoles, que cruzou dados da declaração de bens do então candidato a senador, disponível em plataforma do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e da Junta Comercial do Piauí, estado onde estão instaladas às empresas. A reportagem teve acesso ao inteiro teor das certidões dos estabelecimento.
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Segundo especialistas em direito eleitoral ouvidos pelo Metrópoles, a situação possui diversas irregularidades. Eles garantem que o ministro pode responder pelo crime de ocultação de bens e/ou falsidade ideológica.
Ciro Nogueira também deixou de declarar à Justiça Eleitoral 12 filiais da CN Motos, que vende motocicletas e motonetas da Honda, mas advogados divergem se essa questão é ilegal, uma vez que a matriz foi apresentada na declaração.
Na semana passada, o jornal Folha de S. Paulo revelou que Ciro Nogueira usou uma das filiais da CN Motos não declaradas ao TSE para alugar uma mansão do advogado Willer Tomaz de Souza, em Brasília. O advogado afirmou não ver nada de ilícito na negociação e disse, ao Metrópoles, ser algo comum.
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