Manaus, 14 de junho de 2024
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Servidores do Estado anunciam paralisação geral dos serviços

Com a aprovação do projeto do governador Wilson Lima que congela a remuneração, os reajustes e outras vantagens, os servidores públicos do Amazonas anunciam que o Estado vai parar

Servidores do Estado anunciam paralisação geral dos serviços

Vários sindicatos se mobilizaram para protestar durante a sessão plenária na Aleam que aprovou o congelamento dos salários. (Foto: Divulgação)

A Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para votar a paralisação geral dos servidores públicos vai acontecer dia 20 de julho, às 9h, em frente à arena Amadeu Teixeira, conforme Riad Ballut, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Estaduais do Amazonas (Sispeam). Ele explica que a medida é apenas para cumprir um rito porque todas as categorias já estão de acordo com a suspensão dos serviços.

Durante a greve, os serviços de saúde e segurança serão disponibilizados apenas para suprir as necessidades essenciais da população, isso porque os servidores estão atentos para não ferir a legalidade, disse o presidente do Sispeam.

“Faremos a assembleia porque é necessário, mas ela vai decidir pela greve geral. Aprovada a greve, conforme a lei, vamos precisar esperar 72 horas para comunicar o governo. Claro que nós vamos deixar na área da Saúde os serviços essenciais, na segurança vamos deixar o limite mínimo que puder para não termos nenhum problema com a Justiça. Teremos uma greve geral no Estado do Amazonas inteiro”, garantiu Riad.

O protesto dos servidores não barrou a aprovação da mensagem 84/2019. (Foto: Divulgação)

Além da descontinuação dos serviços públicos estaduais, os servidores buscam na Justiça reaver a decisão imposta pelo projeto do governador Wilson Lima, aprovado na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam) na última sexta-feira, 12. “O Sinpol (Sindicato dos Funcionários da Polícia Civil do Estado do Amazonas) já ingressou com um mandado de segurança coletivo no Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas (TJAM) que está sob a relatoria do desembargador Ari Moutinho, de forma preventiva em relação ao presidente dessa casa (Aleam) porque já existe o direito previamente estabelecido”, disse Jaime Lopes, presidente da entidade, antes da mensagem ser aprovada pelos deputados estaduais.

A partir de segunda-feira (15) as outras categorias vão ingressar com medidas judiciais semelhantes a dos profissionais da polícia civil, conforme o presidente da Sispeam. “Nós do Sispeam inclusive, vamos entrar com uma Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) em Brasília porque essa decisão é inconstitucional”, adiantou Riad.