Coari/AM – Um dia após o prefeito afastado de Coari, Adail Filho (PP), ter o mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), uma nova denúncia foi aceita pelo Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM), contra a prefeita interina, Dulce Menezes (MDB).
Além de ser tia de Adail Filho, Dulce é presidente da Câmara Municipal e assumiu o comando de Coari sem ser eleita. De acordo com a representação, há indícios de irregularidades em contrato de R$ 1,4 milhão firmado pela prefeita para aquisição de motocicletas.
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Vale destacar que, ontem, o ministro Tarciso Vieira de Carvalho Neto, do TSE, negou o agravo regimental apresentado por Adail e manteve a decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM). O Tribunal considera que ele não pode exercer o mandato, visto que é o terceiro seguido do mesmo grupo familiar.
O ex-prefeito e o ex-vice-prefeito, Keitton Pinheiro (PSD), que é primo de Adail, foram eleitos em 2020 com quase 60% dos votos válidos. A ação no TRE-AM foi ingressada pelo principal opositor de Adail, o ex-candidato a prefeito da cidade, Robson Tiradentes (PSC).
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Denúncia
Na nova denúncia, que foi ingressada pelo advogado Raione Queiroz, é apontado que a prefeita Dulce Menezes contratou uma empresa para locação de 30 motocicletas, pelo valor unitário de R$ 4 mil. Pela multiplicação, o total a ser gasto mensalmente é de R$ 120 mil.
Porém, segundo a representação, de acordo com o cálculo anual, o gasto será de R$ 1.440.000,00. Com isso, Raione Cabral aponta que há suspeita de irregularidades ou superfaturamento no contrato nº 1318/2020.
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A empresa contratada é a KAELE LTDA, de propriedade dos empresários Jose Neilo de Lima Silva e Maria Laurice de Lima Silva. Inscrita no CNPJ nº 04.819.323/0001-62, o estabelecimento também atende pelo nome K L RENT A CAR, em Manaus. O capital da firma é de R$ 4 milhões.
No pedido, Raione Queiroz pede a suspensão imediata do contrato milionário, que foi autorizado pela prefeita interina, Dulce Menezes. Também pede que a gestora apresente as devidas justificativas sobre a possível irregularidade, além da aplicação de sanção aos responsáveis pelos atos.
Após ser aceita, a representação deverá ser analisada pela relatora, conselheira do TCE, Yara Lins.
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