Manaus, 18 de maio de 2024
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Manaus, 18 de maio de 2024

Cidades

Com histórico de problemas nas eleições, Manicoré terá pleito sob vigilância do MP Eleitoral

As duas últimas eleições municipais em Manicoré foram marcadas por suspeitas de fraudes eleitorais e denunciadas ao TRE-AM

Com histórico de problemas nas eleições, Manicoré terá pleito sob vigilância do MP Eleitoral

O promotor Eleitoral Vinícius Ribeiro de Souza vai acompanhar as eleições municipais de 2020 no município de Manicoré. A medida está prevista em um procedimento administrativo instaurado pelo órgão para garantir “lisura e legitimidade” do pleito.

A informação foi publicada no Diário Oficial do Ministério Público do Amazonas (MP-AM), na edição de segunda-feira, 6.

Para abrir o procedimento, o promotor considerou a mudança no calendário eleitoral, que alterou as eleições municipais para o dia 15 de novembro deste ano, por conta da pandemia provocada pelo coronavírus.

A alteração ocorreu no último dia 1°, quando a Câmara dos Deputados aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (18/2020). Antes, as votações para eleger prefeitos e vereadores estavam previstas para o primeiro e o último domingo de outubro, todavia, o projeto aprovado pelos parlamentares transferiu as datas para 15 e 29 de novembro.

Segundo a publicação do MP, a promotora considerou, ainda, a necessidade “do acompanhamento de todo processo eleitoral, para garantia de sua lisura e legitimidade”, do município que fica a 330 quilômetros de Manaus.

“Comunique-se ao Juízo da 11ª Zona Eleitoral a instauração do presente procedimento, valendo essa portaria como ofício de comunicação”, diz um trecho do documento.

Compra de votos

Nas duas últimas eleições municipais de Manicoré, os prefeitos eleitos foram acusados de compra de voto ao Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM).

Em 2016, Sebastião Pimental Medeiros, mais conhecido por “Sabá” venceu a disputa para o cargo da Prefeitura de Manicoré. No entanto, em setembro de 2018, Sabá e seu vice Jeferson Colares Campos (Pros), foram cassados pelo Tribunal por abuso de poder econômico e compra de votos no pleito de 2016. Eles  se mantém nos cargos por força de recursos.

Já o ex-prefeito da cidade, Lúcio Flávio Rosário (PSD), eleito em 2012, também foi alvo do TRE-AM. No final do ano passado, ele foi condenado pela Justiça Eleitoral a 1 ano e 6 meses de prisão, além da perda dos direitos políticos e multa. Ele foi acusado de compra de votos na eleição de 2012. O ex-prefeito recorre em liberdade.

Confira documento do MP na íntegra 

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