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Manaus/AM – O ex-deputado estadual Luiz Castro (PDT), que é pré-candidato ao Senado, disse na quinta-feira (17), que o ‘mandato de senador não deve pertencer aos grupos hegemônicos que comandam há 50 anos’. A declaração foi dada durante entrevista coletiva do PDT, com a presença de Ciro Gomes, para lançamento da candidatura do ex-parlamentar ao Senado.
Luiz Castro estava afastado da vida pública desde agosto de 2019, quando pediu exoneração da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) após suspeitas de irregularidades financeiras na pasta a qual ele comandava.
Deputado estadual do Amazonas por cinco mandatos consecutivos, de 1999 a 2018, ele chegou a tentar emplacar como senador nas eleições de 2018. Porém, foi derrotado pelo atual senador Eduardo Braga (MDB), por cerca de 29,2 mil votos de diferença.
“O que me motivou principalmente foi o dever de consciência de não ficar omisso diante de uma situação tão grave no nosso estado, no nosso país, e por observar que as correntes políticas aqui no nosso estado não me representam como cidadão. A minha opção de retorno à política é uma opção de cidadania, uma opção existencial de não ser omisso e de ajudar nessa discussão na construção a nível nacional com o Ciro e o PDT, e a nível local com a futura governadora, Carol. Eu não posso me sentir representado por esses que aí estão, que representam o sistema”, afirmou.
Nesta quinta, participaram da coletiva de imprensa a defensora pública Carol Braz, que é pré-candidata ao Governo do Amazonas, e o presidente nacional da sigla, Carlos Lupi.
Questionado sobre os motivos que o fizeram retornar a vida política, visto que estava afastado há cerca de dois anos, Luiz Castro afirmou estar descontente com atuais governantes e disse querer mostrar que o cargo de senador não pertence àqueles que estão lá há 50 anos.
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“E ao mesmo tempo mostrar que o mandato de senador não deve pertencer aos grupos hegemônicos que comandam há 50 anos o nosso estado e que têm grande responsabilidade por tanta riqueza produzida ter sido desperdiçada ao longo dos anos com 49,5% da população na pobreza e 15% na miséria. O estado que tem a maior produção econômica do Norte e Nordeste, mas tem o segundo maior nível de desigualdade do Brasil, só superado pelo Maranhão”, disse.
A crítica sugere uma possível indireta aos parlamentares que atualmente compõem a bancada do Amazonas no Senado: Eduardo Braga (MDB), Omar Aziz (PSD) e Plínio Valério (PSDB). Luiz Castro concorre à vaga que é de Omar Aziz, que deve tentar a reeleição.
Vale lembrar que o ex-parlamentar também possui como rivais na corrida, os pré-candidatos ao Senado: Chico Preto (Avante), Coronel Menezes (PL) e possivelmente Arthur Neto (PSDB).
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Para Luiz Castro, o estado se encontra em uma situação grave de abandono e sua melhor opção foi retornar à política amazonense.
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