Manaus, 27 de abril de 2024
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Cidades

Com tratamento, pessoa com HIV pode ter carga viral ‘indetectável’

O infectologista Marcelo Cordeiro explica que a melhor forma de prevenir o HIV é combinar formas de proteção usando preservativos.

Com tratamento, pessoa com HIV pode ter carga viral ‘indetectável’

(Foto: Semsa)

Manaus (AM) – O paciente que possui status ‘indetectável’ de HIV não transmite o vírus, seja pelo contato sexual ou durante a gestação, segundo o infectologista Marcelo Cordeiro, do Sabin Diagnóstico e Saúde. Conforme Cordeiro, a carga viral é tão baixa que não transmite o vírus. Porém, o estágio é atingido por meio do tratamento com antirretrovirais.

O infectologista explica que o tratamento para quem vive com HIV passa pelo monitoramento da carga viral, realizado por meio de exames de sangue específicos, indicados por um profissional médico.

“Um deles é o teste de carga viral, que indica a quantidade de vírus presente no sangue. Uma carga viral baixa ou indetectável sugere controle efetivo da infecção. Outro exame é a contagem de células CD4, que ajuda a avaliar a função imunológica. Números mais altos indicam um sistema imunológico mais forte”, diz o especialista

Outra informação importante para entender a condição, o diagnóstico e tratamento é a diferença entre HIV e Aids. A primeira sigla é uma abreviação em inglês para ‘Vírus da Imunodeficiência Humana’ e representa o patógeno causador da Aids, segunda sigla que, em inglês, significa ‘Síndrome da Imunodeficiência Adquirida’, a doença.

De acordo com o Boletim Epidemiológico 2022, do Ministério da Saúde, o Amazonas registrou pelo menos 13.136 infecções por HIV no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), entre 2007 e 2022. Deste total, 943 foram apenas no ano passado. O estado tem uma taxa de detecção de HIV de 39,7 casos a cada 100 mil habitantes, a maior do país. A média nacional é 16,5 casos por 100 mil/hab.

Marcelo Cordeiro explica que a melhor forma de prevenir o HIV é combinar formas de proteção. “O uso de preservativos durante relações sexuais é uma das formas mais seguras de se proteger contra o HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis, agindo como uma barreira física que impede o contato direto. Além disso, temos a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), que é um medicamento diário para pessoas que não têm o HIV, mas que estão em alto risco de contrair o vírus, diminuindo drasticamente essa possibilidade”, diz o infectologista.

Em caso de exposição inesperada para o HIV, a Profilaxia Pós-Exposição (PEP) também pode ser usada. Trata-se de uma série de medicamentos tomados durante um mês, iniciados preferencialmente dentro de 72 horas após a exposição, para prevenir a infecção. “A combinação dessas medidas oferece um pacote robusto de prevenção, reduzindo significativamente as chances de aquisição do HIV”, ressalta o médico.

Dezembro Vermelho

A campanha ‘Dezembro Vermelho’ busca conscientizar a população sobre prevenção, diagnóstico e tratamento para o HIV/Aids. Embora ainda haja um estigma em relação ao vírus e à doença, o avanço de tecnologias na medicina e os cuidados com a saúde já permitem que pessoas com essa condição levem uma vida sem maiores limitações e similar à de pessoas que não convivem com o vírus.

(*)Com informações da assessoria

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