Manaus, 6 de maio de 2024
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Cidades

Conheça um dos heróis manauaras que auxiliou nas buscas pelo piloto desaparecido em mata por 36 dias

Poucos sabem, mas, entre os grupos de buscas, havia um manauara que se dedicou horas a fio durante a operação

Conheça um dos heróis manauaras que auxiliou nas buscas pelo piloto desaparecido em mata por 36 dias

Foto: Reprodução Instagram

Após um período de mais de 30 dias perdido em meio à selva amazônica, o piloto Antônio Sena, sobrevivendo à base de ovos de aves e de frutas que encontrava em meio às longas caminhadas e travessias de igarapés, até encontrar um acampamento de catadores de castanhas, ponto no qual foi realizado o seu resgate, teve o que se pode chamar de “final feliz”. Poucos sabem, mas, entre os grupos de buscas, havia um manauara que se dedicou horas a fio durante a operação.

O Grupo Suçuarana UR Manaus,  liderado pelo bombeiro civil Celso Ventura, participou ativamente da força tarefa montada para o resgate do piloto, que ficou desaparecido na selva amazônica, sendo resgatado ao encontrar um acampamento de catadores de castanhas na divisa com o Amapá, depois de sobreviver na floresta por 36 dias.

“Nessa operação de resgate do piloto, fomos em oito pessoas, ou melhor, Onças, como são chamados os que passam pelo estágio admissional para o nosso grupo”, ressaltou Ventura.

O piloto foi dado como desaparecido após realizar um pouso de emergência em uma região de mata, após decolar da cidade de Alenquer, no Pará, o destino era um garimpo na região de Almeirim, no mesmo Estado, porém, um pouso forçado o fez passar mais de um mês em modo de sobrevivência, se alimentando de ovos de aves e frutas que encontrava na mata.

Após a situação do desaparecimento ser oficializada, um grupo de voluntários pertencentes ao Grupo Suçuarana, se mobilizou e, sem medir esforços, se deslocou até Alenquer para iniciar as buscas junto à força-tarefa, que foi montada a fim de encontrá-lo.

Segundo Ventura, o grupo atua na capital amazonense há mais de 10 anos, e a 26 no estado de São Paulo, tendo capacitado mais de 60 membros na capital manauara, em áreas como: resgate em ambiente de selva; altura e terrestre; sobrevivência na selva; montanhismo; paraquedismo; operações fluviais; entre outras áreas de conhecimento específico adquiridas pelos membros nas diversas atividades municipais e estaduais realizadas pelo grupo.

“Ao ajudar nas buscas pelo Toninho, a sensação de dever cumprido só ressaltou a nossa paixão em poder ajudar o próximo. Além disso, fica o agradecimento estampado da família que tinha a esperança de que as buscas encerrassem dessa forma, com ele vivo!”, disse o líder grupo.

Ainda segundo o Ventura, foi notório o impacto que o grupo Suçuarana causou  por poder ajudar no planejamento e operação devido à experiência em buscas e métodos de resgates dos onças presentes na operação.

Sobre “os Onças”

Foto: Planejamento operação/Reprodução Instagram

Atualmente os Onças, estão se preparando para o período de enchentes e cheias no estado. Um período delicado para as pessoas que moram em locais de riscos, pois podem vir a perder bens e até mesmo a vida nos acidentes de deslizamentos que ocorrem por todo o estado.

O grupo teve um papel fundamental na mudança de estratégias nas buscas terrestres e aéreas, pois determinaram possíveis trajetórias para o acidente, o que levou à procura nas intermediações da pista de destino do piloto.

A influência do trabalho voluntário, que foi  exercido de forma exímia pelos membros do grupo, ecoa pela história como sinal de que ainda há pessoas empenhadas em salvar vidas desconhecidas, sem esperar nada em troca.