Contrariando Andrade, governo diz que Boi Garantido recebe verba milionária

(Foto: Divulgação/redes sociais)

Manaus (AM) – Após o presidente do Garantido relatar que estaria com problemas financeiros para pagar os trabalhadores e colocar o boi na arena este ano, o governo do Amazonas informou, em nota, que considera inimaginável a não participação do bumbá no 56º Festival Folclórico de Parintins.

O governo afirmou que tem cumprido com todos os acordos firmados para a realização da festa em 2023. Além do repasse de R$ 10 milhões para os bois, sendo R$ 5 milhões para cada um, também trabalhou na captação de recursos junto a patrocinadores da iniciativa privada, como a Coca-Cola Brasil, que destinou esse ano o valor de R$ 2,5 milhões, sendo R$ 1.250.000 para cada boi.

Dessa forma, o governo assegura que o festival acontecerá, nos dias 30 de junho e 01 e 02 de julho de 2023, como manda a tradição.

“Ao longo dos anos, o governo também tem dado todo o apoio logístico, estrutural para que o espetáculo ocorra e espera que as Associações Folclóricas também cumpram sua parte, colocando os bois na arena e fazendo a festa acontecer”, diz um trecho da nota.

O Festival Folclórico de Parintins é patrimônio cultural brasileiro e pertence ao povo do Amazonas. O Festival representa o fortalecimento da economia local, geração de emprego e renda para a população de Parintins. “O Governo do Amazonas não vai admitir que nenhuma intercorrência impeça a realização do Espetáculo do Povo da Floresta”, frisa.

Reclamações da situação financeira

Nesta segunda-feira (19), o presidente do Garantido, Antônio Andrade, enviou um ofício para o secretário de Cultura do Amazonas, Marcos Apolo Muniz, pedindo um auxílio financeiro para poder equilibrar as finanças e realizar os pagamentos dos trabalhadores.

O fato atual, conforme o presidente, poderia ocasionar em uma possível ausência durante as apresentações na arena do Bumbódromo.

“Diante do cenário e dessas alternativas, fomos obrigados a seguir pela segunda opção, ou seja, pagar todos os funcionários do Bumbá. Isso implica a ausência de condições de nos apresentarmos nas três noites do Festival. Objetiva-se, assim, não só o pagamento dos trabalhadores, mas também evitar o colapso que se aproxima em caso de não cumprimento do acordado com nossos artistas em geral. Trata-se de calamidade iminente, com direito a ameaças de morte e cenário de caos social que deverá afetar não somente o Boi Garantido, mas a cidade de Parintins como um todo”, diz o ofício.