Coluna Cenário
Contrariando um pedido que soou mais como uma ordem do prefeito Arthur Neto (PSDB) ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM), o presidente da Corte, Yedo Simões, manteve a data do dia 2 de outubro para a diplomação do novo governador do Amazonas. A informação foi divulgada na tarde desta sexta-feira, 25, no site do TRE-AM. O segundo turno da eleição suplementar ocorrerá no próximo domingo, 27, e a disputa está entre o ex-governador Amazonino Mendes (PDT) e o senador Eduardo Braga (PMDB).
Nesta semana, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgou os embargos de declaração do ex-governador José Melo (Pros) que ainda tentava reverter a decisão do colegiado, proferida em maio deste ano, mas a Corte de Brasília negou o pedido e confirmou a cassação dele e do seu vice, Henrique Oliveira (SD). Após a decisão, o TSE emitiu um comunicado ao TRE-AM, informando que o tribunal poderia, se quisesse, antecipar a diplomação do eleito na eleição suplementar.
O diretor geral do TRE-AM, Messias Andrade, concedeu entrevista à imprensa – sem consultar a presidência da Corte – informando que o tribunal estava trabalhando para antecipar a diplomação do governador eleito para o dia 28 de setembro. Hoje, pela manhã, Yedo Simões disse à imprensa que a declaração sobre a antecipação foi um equívoco.
Tentativa de intervenção
No dia 8 de agosto, o prefeito Arthur Neto foi até à sede do Tribunal Regional Eleitoral para tentar intervir na data da diplomação do novo governador. À época, ele disse que estava apelando para não se demorar tanto “nesse processamento do segundo turno”.
“Não há necessidade festa suntuosa, não há necessidade, portanto, de mais um mês e dez dias de interinidade. Agora é normalizar o Estado. Então, para mim, dez dias são mais que suficientes para se expedir convites, fazer uma festa singela e passar a faixa para quem for eleito e acabar com essa verdadeira agonia, para mim inclusive que sou gestor de Manaus, que é essa interinidade que não parece ter fim”, afirmou o prefeito.
Em resposta ao pedido de Arthur, Yedo Simões esclareceu, no dia, que o órgão estava seguindo o cronograma da resolução que estabeleceu as eleições suplementares no Amazonas. “Nós temos que obedecer os prazos do calendário eleitoral”, afirmou, na ocasião.
Não deixe de curtir nossa página no Facebook, siga no Instagram e também no X.