Manaus, 14 de maio de 2024
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Cidades

COP-27: Amazonas lança os primeiros créditos de carbono para transações

O Amazonas desembarcou no Egito habilitado a captar entre U$ 1,6 bilhão e U$ 2,4 bilhões

COP-27: Amazonas lança os primeiros créditos de carbono para transações

Comitiva do Governo do Amazonas realizou o lançamento (Foto: Divulgação/DPE)

MANAUS – O Governo do Amazonas lançou, nesta segunda-feira (14), os primeiros créditos de carbono para transações na 27.ª edição da Conferência das Partes das Nações Unidas (COP-27). O evento foi realizado no Centro Internacional de Convenções Sharm El-Sheik, no espaço Hub Amazônia, no Egito.

O Amazonas desembarcou no Egito habilitado a captar entre U$ 1,6 bilhão e U$ 2,4 bilhões com transações de créditos de carbono.

O lançamento foi realizado pelo secretário de estado de Meio Ambiente, Eduardo Taveira, além dos demais integrantes da comitiva, o defensor-público geral, Rodrigo Paiva, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM), Júlio Pinheiro, a secretária executiva adjunta de Gestão Ambiental, Fabrícia Arruda e o secretário de Relações Internacionais, Adriano Mendonça.

(Foto: Reprodução/Instagram)

“Estamos ofivialmente abertos para negócios de compensação de emissões por meio dos créditos de carbno gerados pela redução das emissões do nosso estado, meta do governador Wilson Lima de gerar recurso para a população ribeirinhas sendo atingida com sucesso”, escreveu Taveira nas redes sociais.

Leia mais: Wilson Lima assina decreto sobre cotas de crédito de carbono no AM e anuncia equipe para COP-27

A comitiva participou do painel “REDD+Amazonas: Sustentabilidade e garantias dos direitos dos povos indígenas”.

Logo após, o secretáro assinou um memorando de entendimento com a WCS Global, para execução de projeto High Integrity. O documento autoriza a implementação da iniciativa de investimento florestal de alta integridade nas reservas de desenvolvimento sustentável de Mamirauá e Anamã.

Efeitos das catástrofes climáticas

Durante o evento, o defensor público geral, Ricardo Paiva, mostrou como as alterações no clima, especialmente as enchentes, afetam diretamente o cotidiano dos vulneráveis na Amazônia e comprometem o acesso a direitos básicos como o consumo de água potável, alimentação e moradia digna.

“O mundo precisa estar consciente disso: os mais vulneráveis, os povos tradicionais, indígenas, caboclos, ribeirinhos e aqueles que vivem nas periferias são as principais vítimas das tragédias climáticas na Amazônia”, disse Ricardo Paiva.

Entre as iniciativas da Defensoria Pública, ele destacou a recomendação para que o Governo do Amazonas concedesse auxílio financeiro às vítimas da cheia, que beneficiou 100 mil famílias, e criou o “Zap da Cheia”, para, via aplicativo de mensagens, receber denúncias e mediar socorro às vítimas do fenômeno. O trabalho teve continuidade em 2022.

Ricardo Paiva também mostrou como o modelo de Defensoria Pública, no Brasil, garante cidadania e acesso à justiça em regiões remotas, com a presença de defensores e a realização de mutirões para a retirada de documentos, ações judiciais e extrajudiciais.

A comitiva do Amazonas segue em agenda na COP-27 até a próxima sexta-feira (16).