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Ele, que ficou mais de 24 horas sem dormir depois do ataque, ainda fala com os olhos marejados sobre o que aconteceu. Aos 35 anos, era amigo dos pais de todas as crianças vítimas, já que tinham a mesma faixa etária. Em seu gabinete, o porta retrato mostra Schneider, a mulher e o filho do casal, com 1 ano recém-completado.
“Agora a gente precisa dar um suporte humano, não é questão de dinheiro. Estamos preocupados de que esses atendimentos sejam contínuos, que não mude os profissionais, para que a pessoa não tenha que reviver tudo. E que os pais não tenham medo de levar as crianças para as escolas”, disse o prefeito à Folha.
Limpeza e reforma
Foi realizada uma grande limpeza na creche. Segundo o prefeito, pedido de envio de mais policiais é para “dar sensação de segurança” aos moradores da cidade de 10 mil habitantes, que tem baixíssimos índices de criminalidade. A Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná) ofereceu psicólogos e acadêmicos para reforçar as equipes de tratamento psicológico.
O prefeito também quer conversar com os conselhos opinativos, compostos pela população local, para bater o martelo sobre o que será feito da escola infantil e como as vítimas podem ser lembradas.
Nesta quinta, ele se reuniu com os secretários da gestão municipal para chegar a essa lista de decisões práticas. Antes, conversaram com quem lidou há dois anos com a tragédia na escola Raul Brasil, em Suzano (SP).
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Ele pode tentar não repetir os mesmos erros. No massacre paulista, havia uma disputa entre as ações municipais e estaduais, o que gerou imbróglios. Alunos voltaram para as salas, mas ficaram com aulas vagas por falta de professores, que abandonaram o colégio. Pais também reclamaram de falta de apoio psicológico e descontinuidade das ações.
A Raul Brasil logo foi reformada e ganhou pinturas dos próprios alunos, além de um memorial para as oito vítimas. Mas um ano depois da tragédia ainda não havia sido concluída a obra que custou mais de R$ 3 milhões para transformar a escola em um modelo de inovação no estado.
Eleito na esteira bolsonarista, Schneider recebeu apoio da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, com quem falou por videoconferência. Ele também vem recebendo suporte da governadora do estado em exercício, Daniela Reinehr (sem partido).
(*) Com informações da Folhapress: https://bit.ly/3utDhzv
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