Manaus, 24 de abril de 2024
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Manaus, 24 de abril de 2024

Cenário

Da exaltação à condenação: políticos do Amazonas avaliam atos do 7 de setembro

Para alguns políticos, os atos bolsonaristas foram antidemocráticos e feriram a Constituição, enquanto outros defenderam a liberdade no país

Da exaltação à condenação: políticos do Amazonas avaliam atos do 7 de setembro

Foto: Divulgação

MANAUS, AM – Após diversas manifestações e atos a favor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), os políticos amazonenses dividiram opiniões nas redes sociais sobre a motivação dos manifestos em alusão ao Dia da Independência. Parte dos mandatários acreditam que os atos ferem a Constituição Federal, enquanto outros defendem o estado democrático acima de tudo.

Seguindo a tradição, o feriado de 7 de setembro foi marcado por diversas manifestações nos estados brasileiros. Em Manaus, os atos foram divididos em três eventos de direita e um de esquerda. Os eventos liderados pelos bolsonaristas ocorreram na Ponta Negra, Praça do Congresso e no Centro de Convenções Povos da Amazônia; motivações se resumiram a favor e contra o governo Bolsonaro.

Leia mais: Bolsonaro discursa para manifestantes em Brasília: ‘não queremos ruptura’

Para o deputado federal e vice-líder do Governo na Câmara dos Deputados, Alberto Neto, a manifestação bolsonarista marcou o feriado como um dia histórico no qual o “povo” pediu liberdade para se expressar.

“A tropa bolsonarista foi para as ruas manifestar-se. Milhões de brasileiros em uma só voz deram o grito de independência pela liberdade de expressão e por um Brasil mais democrático. Com milhões de brasileiros que querem a ordem e o progresso do nosso”, publicou o deputado, que participou da manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo.

Na mesma linha, pedindo um país democrático, o vereador Carpê Andrade afirmou que o povo está cansado de tanto sofrimento e, por isso, as manifestações tomaram conta do país durante o feriado.

“Centenas de pessoas foram às ruas declarar que somos um povo livre, somos um povo independente, um povo que ama seu país. Todo poder emana do povo. Estamos cansados de tanto sofrimento, tanta miséria, fome!! Formos às ruas mostrar que lutaremos sem usar armas, sem violência, sem baderna. Lutaremos por um Brasil mais justo e igualitário”, comentou.

Já o deputado federal Pablo usou as redes sociais para criticar a imprensa brasileira, segundo o parlamentar, alguns veículos relacionaram as manifestações a ataques antidemocráticos.

“Triste a cobertura de parte da “imprensa” do movimento de 7 de setembro de hoje. Insistem em tirar o foco de uma manifestação popular por LIBERDADE, para tentar falar em atos antidemocráticos. Nada é mais democrático que o povo nas ruas! Não distorçam a verdade. Está ficando feio”, declarou.

Contrários

O ex-prefeito de Manaus, Arthur Neto, afirmou que as manifestações bolsonaristas ofuscaram o real sentido da data comemorativa, a independência do país, a luta por direitos e as críticas à crise econômica e social do país.

“O inimigo do presidente não deve ser o ministro Alexandre e todo o STF, mas sim a crise hídrica, o crescente desmatamento da Amazônia, a inflação que se eleva e sacrifica os mais pobres, o desemprego, o subemprego, a fome e a desesperança”, declarou.

O deputado federal Marcelo Ramos (PL) comentou os atos das manifestações contra o trabalho do Supremo Tribunal Federal (STF); passível de uma abertura de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro.

“Não tenho dúvidas de que qualquer ato de violência contra o Congresso ou o STF em ato que teve a participação do Presidente da República tornará inevitável a abertura do processo de impeachment”, considerou.

Já o deputado federal José Ricardo (PT) criticou o discurso feito pelo presidente da República durante a cerimônia em Brasília, onde Bolsonaro atacou novamente o STF.

“Nenhuma proposta para gerar emprego e contra a fome, nenhuma medida para saúde, educação, segurança, moradia e nada para melhorar a vida do povo brasileiro. Só ataques à democracia, aos Poderes e à CF/88. Esse foi o discurso do presidente no dia 07 de setembro. Brasil sem governo”, finalizou o petista.

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