A ministra dos Direitos Humanos, Damares Alves, ao comentar dados de violência contra a mulher no Brasil, disse que, se tivesse que aconselhar pais de meninas, diria para eles fugirem do país.
A ministra deu a declaração durante uma entrevista para a rádio Jovem Pan da Paraíba. Damares citou uma pesquisa que, de acordo com ela, aponta o Brasil como o pior país da América do Sul para criar meninas. A ministra não informou o autor da pesquisa.
“A gente vê aí um quadro que a gente vai precisar mudar. Veja só. Agora a gente recebeu uma pesquisa de que o Brasil é o pior país da América do Sul para criar menina. Meu Deus! O pior da América do Sul. Veja só. Se eu tivesse que dar um conselho para quem é pai de menina, mãe de menina: foge do Brasil. Você está no pior país da América do Sul para criar meninas”, afirmou a ministra.
Damares disse ainda que o número de meninas abusadas no país é “absurdo”. De acordo com a ministra, é preciso uma “revolução cultural” para combater a violência contra a mulher.
“Nós vamos ter que rever essa questão da proteção e defesa da mulher com uma grande revolução cultural, mas uma revolução cultural mesmo. Lá na escola. Não adianta eu fazer só a repressão”, disse Damares.
A ministra disse que a violência contra a mulher no Brasil é uma “triste realidade”, que precisa mudar.
“A violência não está só dentro de casa. A violência está na rua, está nos ônibus. É um país onde ainda os homens encoxam as mulheres dentro dos ônibus. É um país em que os homens passam a mão na mulher dentro do metrô. Isso é violência contra a mulher, atentado à dignidade da mulher”, afirmou Damares.
Outras declarações
Nestas primeiras semanas do novo governo, Damares causou polêmica com algumas declarações. Em uma delas, a ministra afirmou que o Brasil está em “nova era” em que “menino veste azul e menina veste rosa”. Depois, disse que se tratava de uma metáfora.
Em outra declaração polêmica, a ministra disse criticou a regra do Sistema de Seleção Unificada do Ministério da Educação (Sisu) que permite ao estudante se candidatar a vaga universitária longe de onde a família mora.
“O menino lá do Rio Grande do Sul faz o Enem, ele passa no vestibular para medicina lá no Amapá, que é o grande sonho dele e da família. Esse menino é tirado do contexto. Às vezes tem apenas 16 anos. Será que nós não poderíamos estar começando a pensar em políticas públicas, que este menino ficasse um pouco mais próximo da família? ‘Ah, mas em outros países acontece’. Mas nos outros países o papai tem dinheiro para ir lá na universidade visitar de vez em quando o filho”, afirmou a ministra na ocasião.
*Informações retiradas do G1
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