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SÃO PAULO, SP – O apresentador José Luiz Datena confirmou que vai apoiar o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), para a presidência da República. Datena também disse que vai apoiar Rodrigo Garcia para o governo de São Paulo, e criticou a união entre Geraldo Alckmin e Lula (PT) para uma possível chapa.
Datena teria sido convidado, há algumas semanas, para migrar para o PSD de Gilberto Kassab, onde se lançaria para a vaga ao Senado por São Paulo. Seu apoio a Doria, no entanto, é considerado uma reviravolta na corrida eleitoral, e é possível que ele possa ser vice de um dos candidatos.
“Fui convidado e aceitei participar da chapa deles, disputando um cargo majoritário. Estou preparado. Se eles não arrumarem ninguém melhor, por que não?”, afirmou o apresentador, que ainda não sabe por qual partido deve vir. “Vai depender da coligação, mas pode ser o próprio PSDB”.
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Revés e crítica
A decisão de Datena é um revés para Gilberto Kassab, e pode até ser considerado um efeito colateral do “namoro” entre Geraldo Alckmin e Lula. O tucano está de saída do ninho e iria para o PSD, mas também pode ir para o PSB para ser vice na chapa de Lula à Presidência.
“Eu acho que essa indefinição está fazendo muito mal para o Alckmin. Pesou 100% na minha decisão [de apoiar Doria e Garcia]”, disse o apresentador, por telefone, à Folha de S.Paulo. Para ele, Lula “não se desgastou nada com essa ideia, ao contrário do Alckmin”.
Alckmin, inclusive, tem sérias críticas a Doria, e nunca escondeu isso. Nas prévias do PSDB, o ex-governador apoiou abertamente o governador Eduardo Leite (RS) para ser o candidato à Presidência, mas Leite acabou perdendo as prévias para Doria.
É possível que Alckmin deixe o ninho tucano definitivamente após a realização das prévias estaduais, onde o ex-governador vai competir contra Rodrigo Garcia. Garcia vai ter ao seu lado o nome de Doria, seu chefe, e do próprio Datena, de quem é amigo.
Já em relação ao Senado, a disputa segue acirrada. Datena pode vir ao Senado, mas o senador José Serra, que está licenciado, quer concorrer à reeleição. Seu estado de saúde, no entanto, inspira cuidados, e pode ser que ele não dispute. Outros nomes que podem entrar na disputa são José Aníbal, suplente de Serra, e o presidente do diretório paulistano do partido, Fernando Alfredo.
(*) Com informações da Folha de S.Paulo.
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