MANAUS – O delegado Samir Garzedim Freire, que atuava como secretário estadual executivo adjunto de Inteligência do Amazonas (Seai), foi preso na manhã desta sexta-feira (9), junto dele, os agentes de polícia Adriano José Frizo, Jarday Bello Vieira e André Silva da Costa também foram presos. Os agora ex-agentes são acusados de desvios de 60 quilos de ouro, avaliado em quase R$ 18 milhões.
A operação também cumpriu mandados de busca e apreensão para Jociel Andrade de Freitas, Daniel Picolotto Carvalho, coronel da reserva, e o filho, ex-PM, Daniel Alves Picolotto Carvalho, Wagner Flexa Saita e Raimundo José Cruz Júnior.
Originada no Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público do Amazonas (MPAM), com o apoio da Polícia Federal (PF), a operação buscou desarticular a quadrilha atuante na alta cúpula da segurança no estado.
O Governo do Estado já emitiu uma nota anunciando o afastamento e exoneração de Samir Freire e dos demais envolvidos e agora investigados.
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A Polícia Federal e o Gaeco cumpriram um dos mandados de busca e apreensão na famosa “sala do guardião”, equipamento de alta tecnologia para escutas telefônicas. Também foram apreendidas todas as pastas de operações da gestão de Samir. As autoridades buscam por irregularidades e escutas ilegais.
Um backup dos arquivos de operações da gestão de Samir foi realizado.
“A análise do backup vai nos ajudar a ver todas as escutas telefônicas ilegais que ocorreram no Amazonas, durante esse período”, relatou um dos envolvidos na investigação.
O Gaeco e a PF apuram denúncias realizadas por supostos comerciantes ou contrabandistas de ouro. A Seai, comandada por Samir, faria escutas ilegais dos envolvidos para descobrir as rotas e locais dos armazenamento. Depois disso, a “equipe de rua”, supostos policiais militares e civis, roubava o ouro.
A ação dos agentes já teria subtraído dos comerciantes cerca de 60 kg de ouro, avaliado em R$ 18 milhões.
A Secretaria de Segurança do Estado do Amazonas anunciou que “o secretário de Segurança Pública, coronel Louismar Bonates, determinou à Corregedoria-Geral do Sistema de Segurança a abertura de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para julgar a permanência dos envolvidos na operação policial do MPE e PF nos quadros do sistema de segurança. A SSP-AM está à disposição dos órgãos responsáveis pela investigação para contribuir com informações necessárias para a completa elucidação das suspeitas.”
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