Manaus, 3 de dezembro de 2024
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Manaus, 3 de dezembro de 2024

Cidades

Delegado vai ter que explicar por que liberou advogada flagrada com drogas

O delegado, que estava de plantão no dia, optou por liberar a advogada, apesar do flagrante, conforme contestado pelo Ministério Público.

Delegado vai ter que explicar por que liberou advogada flagrada com drogas

(Foto: Divulgação/PMAM)

Manaus (AM) – O delegado Mário Luiz Campos Monteiro Júnior, titular do 6º Distrito Integrado de Polícia (DIP), será chamado a prestar esclarecimentos sobre a decisão de não prender uma advogada flagrada com 10 quilos de drogas no carro. O caso aconteceu na noite de 22 de novembro, na zona Norte de Manaus.

Durante a abordagem, realizada pela Polícia Militar, o marido da advogada também estava no veículo, onde foram encontrados 10 tabletes de cocaína.

Monteiro Júnior, que estava de plantão no dia, optou por liberar a advogada, apesar do flagrante, conforme contestado pelo Ministério Público e diferentemente do informado inicialmente pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM).

Em nota oficial, a PC-AM afirmou que abrirá um processo administrativo interno para investigar as circunstâncias da liberação e garantir que as medidas cabíveis serão tomadas.

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Nota enviada ao Portal AM1 neste domingo (24) (Foto: Divulgação/PC-AM) 

Conduta do delegado

O juiz Rivaldo Matos Norões Filho, ao homologar a prisão do marido da advogada e convertê-la em preventiva, determinou que o Ministério Público investigue a conduta do delegado.

O promotor plantonista José Felipe Fish destacou a falta de justificativas para a liberação da mulher, que estava na mesma cena do crime e, assim como o homem detido, poderia ser responsabilizada.

“Determino a remessa dos autos à Promotoria de Controle Externo da Atividade Policial (Proceap) para apuração da conduta do delegado. Não foi apresentada ao juízo nenhuma justificativa para a liberação da investigada, que estava na cena do crime e deveria ter sido submetida ao mesmo procedimento do custodiado”, decidiu o magistrado.

A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Amazonas (OAB-AM), também se pronunciou sobre o caso.

Segundo nota divulgada, a advogada foi ouvida apenas como testemunha e liberada posteriormente. A entidade reafirmou seu compromisso com a defesa das prerrogativas da advocacia e com a vigilância contra qualquer violação à liberdade no exercício da profissão.

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(Foto: Reprodução/redes sociais)

O caso segue gerando repercussão e deve passar por apuração detalhada tanto na esfera administrativa quanto judicial, com foco nas razões que levaram à liberação da advogada em flagrante.

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