O deputado estadual Platiny Soares (PSL) afirmou, na tribuna da Assembleia Legislativa do Estado (ALE), que o governador Amazonino Mendes (PDT) está enganando a população de Manaus e está tentando dar um calote no Legislativo. “Mas ele sabe pagar quase R$ 3 milhões, só no mês de março, para a MCW, que está construindo seu muro de arrimo”, afirmou.
Parlamentar afirmou que governador não esquece de fazer pagamentos para empresa que constrói muro na casa dele (Foto: Reprodução)
“Esse pagamento (para a MCW), ele não esquece”, completou o parlamentar, que destacou que a população sofre com a decisão do governador de não pagar as emendas parlamentes. “Posso folhear 31 emendas que seus destinatários estão amargando uma espera de quem não quer pagar. O calote é no povo, que seria o destinatário final”, disse.
Amazonino vem sendo cobrado por diversas categorias de servidores, por parlamentares e pelo prefeito de Manaus, Arthur Neto (PSDB), que nesta semana cobrou o pagamento da promessa feita nas eleições suplementares.
Em 2017, segundo o prefeito, o governador se comprometeu a repassar R$ 100 milhões para obras na capital amazonense.
Entenda a afirmação sobre o muro
O pagamento para a MCW, a que o deputado Platiny se referiu, é referente a uma obra que está sendo construída na casa do governador, conforme reportagem publicada pelo jornal Diário do Amazonas em meados de fevereiro.
Segundo a publicação, um muro de aproximadamente 100 metros de comprimento estava sendo construído na margem do Lago do Tarumã, nos fundos do terreno onde mora o governador. A empresa responsável pela obra é a MCW Construções, que mantém contratos com o governo do Estado.
No ano passado, a empresa recebeu R$ 20 milhões do governo, via Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra), sendo quase a metade (R$ 9,6 milhões) após a posse de Amazonino, em outubro, de acordo com o jornal.
Após a matéria, Amazonino processou o periódico, pedindo R$ 38 mil por danos morais. Antes disso, o governador já havia publicado um vídeo nas redes sociais, dizendo que não estava agindo por vingança ou irritação, mas para corrigir “empresa e essas pessoas que vivem fazendo Fake News” (notícias falsas).
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