
(Foto: Danilo Mello/Aleam)
Manaus (AM) – Com a aprovação da redução das sessões plenárias para dois dias na semana, os deputados estaduais do Amazonas terão mais tempo para focar em suas bases eleitorais visando as eleições de 2026.
A aprovação aconteceu nesta quinta-feira (13) no plenário da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) por unanimidade. No entanto, a leitura das pautas de urgência não deixou claro que os parlamentares estavam aprovando essa mudança.
Confira a mudança clicando aqui.
As sessões plenárias, que eram realizadas costumeiramente entre as terças, quartas e quintas-feiras, agora serão realizadas apenas nas terças pela manhã, e às quartas, em dois turnos, pela manhã e à tarde.
Segundo o Regimento Interno da Casa legislativa, as sessões ordinárias, serão realizadas nos dias úteis, com prazo de duração observado no calendário semestral aprovado em plenário, mediante proposta apresentada em requerimento da Mesa Diretora.
Apesar da mudança, o salário dos deputados permanece o mesmo, no valor de R$ 33 mil, mais R$ 49.849,65 do Cotão parlamentar. Segundo eles, a carga horária não mudou, somente os dias trabalhados, pois nas quarta-feiras haverão dois turnos.
Procurada pela reportagem para esclarecer mais detalhes sobre a mudança, a diretoria de comunicação da Aleam não se manifestou. O espaço continua aberto para posicionamentos.
De acordo com especialistas ouvidos pelo Portal AM1 quando o assunto estava “sendo estudado” pelos parlamentares, se a redução interferir na atividade parlamentar, terá um impacto negativo para o Parlamento estadual, que pode ser renovado em 2026 por suas decisões atuais.
Indignação
A população não reagiu bem à decisão. Nas redes sociais, os eleitores compararam a realidade dos deputados a de trabalhadores comuns.
“Só uma pergunta: o salário deles também teve redução?”, ironizou um internauta, relembrando o argumento usado para justificar a escala de trabalho 6×1 no setor privado.
Outro comentou: “Ganhando muito e trabalhando quase nada”, enquanto uma seguidora questionou: “Como a gente faz pra trabalhar igual a eles e ganhar o mesmo?”
A insegurança e a desigualdade social também foram citadas
“A população continua acordando de madrugada para trabalhar e ser assaltada dentro do ônibus, enquanto eles reduzem a carga horária”, escreveu um usuário.
Outros eleitores sugeriram que a decisão reflete distanciamento dos políticos da realidade da população e pode afetar a reeleição: “Precisamos lembrar disso nas urnas! O serviço público não pode ser tratado como privilégio!”.
LEIA MAIS:
- Aleam aprova criação de mais três secretarias para a gestão Wilson Lima
- Novas tarifas de ônibus e água fazem deputados ‘acordarem’ na Aleam
- David Almeida sacode Aleam e deixa deputados ‘mãos-fechadas’ incomodados
Não deixe de curtir nossa página no Facebook, siga no Instagram e também no X.