Manaus, 18 de abril de 2024
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Cenário

Diante de 1.200 pastores em Manaus, Bolsonaro incentiva evangélicos a se ‘preocuparem’ com política

Presidente voltou a dizer que não tem culpa pela crise econômica que o Brasil enfrenta

Diante de 1.200 pastores em Manaus, Bolsonaro incentiva evangélicos a se ‘preocuparem’ com política

Foto: Divulgação

MANAUS, AM – Ao lado de políticos e líderes evangélicos, o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), buscou fortalecer o apoio evangélico para 2022, nesta quarta-feira (27). O presidente discursou para cerca de 1,2 mil pastores no Centro de Convenções Vasco Vasques, na zona centro-sul de Manaus.

“Se vocês não se preocuparem com política, os políticos farão com vocês pior que no passado”, disse. Em seguida, criticou a decisão do Superior Tribunal Federal (STF) que derrubou a obrigatoriedade da Bíblia em escolas. O presidente também questionou a prisão de pastores por não realizarem casamentos homoafetivos: “Imagina prenderam um pastor porque ele não quis realizar um casamento [não] segundo a Bíblia?”.

Bolsonaro também aproveitou para criticar Fernando Haddad (PT), seu principal adversário nas últimas eleições. “Como estaria o Brasil se aquele que perdeu para nós, em 2018, tivesse sentado na cadeira presidencial? Aquele que ficou 12 anos à frente do Ministério da Educação, que nos deixou hoje uma juventude que não sabe uma tabuada”, disse.

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Economia

O presidente falou sobre a atual situação econômica e se esquivou de culpa. Ele atribuiu a alta nos preços dos alimentos, do gás de cozinha e dos combustíveis às medidas restritivas implementadas em muitos Estados durante a pandemia. “Resultado do ‘fica em casa, que a economia a gente vê depois!'”, disse.

Pandemia

Durante seu discurso para os pastores evangélicos, Bolsonaro também afirmou que “todos nós vamos morrer um dia” e atribuiu o temor ao vírus, de grande parte da população, à falta de fé.

Contradição?

O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), também participou do evento e quatro dias após dizer que, se tratando de saúde, a população deveria esquecer “seu líder político ou seu líder religioso” e cuidar “de sua saúde com seu médico”, agradeceu ao ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e ao presidente pela gestão na pandemia.

Vale destacar que ambos incentivaram a utilização de medicamentos sem eficácia comprovada contra a Covid, o “Kit Covid”, e criticaram o uso de máscaras. “Ministro Pazuello foi muito massacrado, mas teve um papel importante aqui na nossa cidade”, disse David Almeida. “Agradeço, presidente, por tudo o que o senhor tem feito. Manaus agradece!”, completou.

Wilson Lima

O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), também discursou durante o evento. Ele agradeceu ao presidente e às instituições religiosas pelo trabalho durante a pandemia.

“A história deve reconhecer o que o senhor fez pelo Estado do Amazonas […] Era nas igrejas que a população encontrava a paz necessária e a esperança para poder seguir. Por isso, durante a pandemia, mantive o diálogo com todas as lideranças religiosas e nenhuma igreja foi fechada!”, afirmou.

Bolsonaro segue com sua agenda em Manaus até a noite.

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