Manaus, 6 de maio de 2024
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Manaus, 6 de maio de 2024

Cidades

DJ paulista BADSISTA se apresenta pela primeira vez em Manaus

Show acontece neste sábado, 30, em um galpão na avenida Manaus Moderna, número 100, no Centro, de frente para o rio Negro, a partir das 21h

DJ paulista BADSISTA se apresenta pela primeira vez em Manaus

Dj paulista traz sua turnê mundial a Manaus (Foto: Divulgação)

Batidas pesadas de funk, ghetto, club e techno vão tomar conta da orla sul de Manaus, neste sábado, 30, quando a DJ paulista Rafaela de Andrade, a BADSISTA, se apresenta pela primeira vez na cidade trazendo uma turnê mundial que já passou por mais de dez países, incluindo Alemanha, França, Inglaterra, México, Espanha, Portugal, Holanda e Dinamarca. É a festa “Pankda”, que acontece a partir das 21h em um galpão na avenida Manaus Moderna, número 100, no Centro, de frente para o rio Negro.

A festa, em sua terceira edição e organizada por dois coletivos LGBTs de música eletrônica, a “Keloid” e a “Uhsulas”, traz à capital uma das mais requisitadas DJs do eixo Rio-SP na atualidade, prestigiada até pela islandesa Björk, que recentemente tocou uma faixa de BADSISTA no Festival Le Guess Who, na Holanda.

Formada em Produção Fonográfica, a musicista, produtora e diretora musical nascida em Itaquera, periferia de São Paulo, BADSISTA, ou “irmã má”, em inglês, tem no currículo parcerias de peso, como a norte-americana Kelela, a poderosa Elza Soares, a roqueira Pitty e ainda Jaloo, Linn da Quebrada, Mahmundi, Teto Preto e LYZZA.

Premiada como Melhor Produtora de Música de 2018 pela Women Music Awards, e indicada novamente esse ano, Rafaela de Andrade também é veterana de festivais, como o Red Bull Music Festival, em São Paulo, e o CTM Festival, em Berlim.

Com trabalhos que circulam desde o underground até a música indie, BADSISTA tem nos sons de periferia o ponto forte, do funk carioca ao ghetto e o club, com destaque para o EP de estreia “BAD$ISTA” (2016), pela Funk na Caixa de SP, e o recente “Não Encosta na Minha Brisa” (2019), um remix não oficial de Ludmilla. A colaboração com Jaloo, em “Say Goodbye” (2018), e a assinatura da direção e produção musical de “Pajubá”, primeiro disco da cantora Linn da Quebrada (2017), mostram a versatilidade da “bad”.

Coletivos de música

Em 2017, ao lançar o “Bandida”, um coletivo de música só de mulheres da periferia de São Paulo, BADSISTA quis dar vazão ao protagonismo feminino na cena. “Eu sempre via as minas passando o maior perrengue, os caras enrolando horrores para pagar 100 reais (cachê), saca. Aí eu falei ‘vamos fazer um bagulho só de mina e é isso’”, disse, em entrevista para a revista Trip, em maio desse ano.

Um movimento que também vem acontecendo em Manaus. Só no último ano, os coletivos LGBTs de música, incluindo não só “Keloid” e “Uhsulas”, mas “Colmeia”, “Inpherno”, “Coytada”, “Antro” e “Tupiniqueen”, produziram mais de dez festas pela cidade, tanto de eletrônica como de queer e black music, e em espaços usados também para exposição de trabalhos desses e de outros artistas, de performances a fotografia, vídeo, pintura e desenho.

“A gente se junta para se divertir e se expressar de forma livre, com visuais nossos, utilizando roupa, maquiagem, performance, num ambiente seguro, nosso, e também como forma para contribuir com a cena e prestigiar o trabalho artístico um dos outros”, explica Walter Juur, do coletivo Inpherno e um dos colaboradores na organização da festa “Pankda”.

Line-up e ingressos

Além da paulista BADSISTA, o line-up “Pankda” contará os DJs locais GUILLERRRMO, Missa Negra, Chantall e T-Vyrus, que prometem mais de oito horas de música até o amanhecer. O local é bem de frente para o Rio Negro, no galpão do Restaurante da Terra, na avenida Manaus Moderna, 100, Centro, próximo ao Teatro Usina Chaminé e à Praça Jefferson Peres. Os ingressos antecipados estão no segundo lote a R$ 30 pela internet ou diretamente no Instagram dos coletivos @keloideam e @uhsulas, ou na porta a R$ 40.

(*) Com informações da assessoria