
Pontes sobre o rio Curuçá desaba, deixa 5 cinco mortos e 14 feridos (Foto: Divulgação)
Brasília (DF) – As obras nas duas pontes na BR-319, no município de Careiro, que desabaram sobre os rios Curaçá e Autaz Mirim entre setembro e outubro de 2022, seguem sem previsão de entrega. A tragédia tirou a vida de cinco pessoas.
Apesar dos inúmeros pedidos e reuniões da bancada do Amazonas pelo aceleramento da construção, o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT) não informou uma data para a conclusão das obras.
Em nota, pontuou somente que uma nova empresa foi contratada para prestar o serviço, a começar pela ponte do Curaçá, com a prova de carga.
“A previsão é que, dentro dos próximos 20 dias, se inicie a concretagem dos pilares e demais serviços de infraestrutura”, disse o órgão.
Além disso, o DNIT pontuou que o projeto para a ponte sobre o rio Autaz Mirim está sendo finalizado e deve ser submetido para aprovação.
O coordenador da bancada do Amazonas, deputado federal Sidney Leite (PSD), visitou o local no último final de semana e pontuou ao Portal AM1 que deve continuar cobrando o andamento das obras, segundo o parlamentar, a questão de infraestrutura é prioridade para a bancada.
“As obras estão andando, mas queremos que seja em ritmo mais forte, por isso, vou cobrar o DNIT”, disse o deputado.
BR-319 no PAC
Outro imbróglio do Amazonas é a pavimentação completa da BR-319. Atualmente, o trecho do meio é o grande “vilão” para a aprovação da licença ambiental definitiva da rodovia. Enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) inclui a BR no Programa de Aceleração e Crescimento (PAC), após pressão, o ministério do Meio Ambiente e o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais e Renováveis (Ibama) defendem que a repavimentação pode causar um risco ambiental e de desmatamento.
Segundo Leite, existe uma linha de diálogo com o governo sobre o tema, e o ministro dos Transportes, Renan Filho, deve repassar recursos para a construção de uma estrutura para o controle ambiental e combate ao desmatamento. Ela seria implantada após a entrega da obra, que não tem data para sair do papel.
“Fala-se muito do risco ambiental da BR-319 reconstruída, mas ninguém diz que, hoje, existe um enorme vazio de fiscalização e da presença do Estado brasileiro nessa estrada. Existe, hoje, abandono em todas as suas vertentes e isso é prejudicial para a população que precisa usar a estrada e, sobretudo, é uma brecha para a expansão dos crimes ambientais. Não é à toa que essa é a região do nosso estado que concentra o desmatamento e as queimadas”, disse o parlamentar.
Em novembro de 2024, parte da bancada se reuniu com o presidente Lula para discutir propostas para a capital do estado e o presidente se comprometeu com a pavimentação da BR-319 e o alinhamento para a liberação das licenças ambientais.
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