Manaus, 19 de março de 2025
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Cidades

DNIT não dá prazo de entrega para pontes que desabaram em 2022

Apesar de "canal aberto" para diálogo com governo, bancada do Amazonas não obteve sucesso nas cobranças.

DNIT não dá prazo de entrega para pontes que desabaram em 2022

Pontes sobre o rio Curuçá desaba, deixa 5 cinco mortos e 14 feridos (Foto: Divulgação)

Brasília (DF) – As obras nas duas pontes na BR-319, no município de Careiro, que desabaram sobre os rios Curaçá e Autaz Mirim entre setembro e outubro de 2022, seguem sem previsão de entrega. A tragédia tirou a vida de cinco pessoas.

Apesar dos inúmeros pedidos e reuniões da bancada do Amazonas pelo aceleramento da construção, o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT) não informou uma data para a conclusão das obras.

Em nota, pontuou somente que uma nova empresa foi contratada para prestar o serviço, a começar pela ponte do Curaçá, com a prova de carga.

“A previsão é que, dentro dos próximos 20 dias, se inicie a concretagem dos pilares e demais serviços de infraestrutura”, disse o órgão. 

Além disso, o DNIT pontuou que o projeto para a ponte sobre o rio Autaz Mirim está sendo finalizado e deve ser submetido para aprovação.

O coordenador da bancada do Amazonas, deputado federal Sidney Leite (PSD), visitou o local no último final de semana e pontuou ao Portal AM1  que deve continuar cobrando o andamento das obras, segundo o parlamentar, a questão de infraestrutura é prioridade para a bancada.

“As obras estão andando, mas queremos que seja em ritmo mais forte, por isso, vou cobrar o DNIT”, disse o deputado. 

BR-319 no PAC

Outro imbróglio do Amazonas é a pavimentação completa da BR-319. Atualmente, o trecho do meio é o grande “vilão” para a aprovação da licença ambiental definitiva da rodovia. Enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) inclui a BR no Programa de Aceleração e Crescimento (PAC), após pressão, o ministério do Meio Ambiente e o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais e Renováveis (Ibama) defendem que a repavimentação pode causar um risco ambiental e de desmatamento.

Segundo Leite, existe uma linha de diálogo com o governo sobre o tema, e o ministro dos Transportes, Renan Filho, deve repassar recursos para a construção de uma estrutura para o controle ambiental e combate ao desmatamento. Ela seria implantada após a entrega da obra, que não tem data para sair do papel.

“Fala-se muito do risco ambiental da BR-319 reconstruída, mas ninguém diz que, hoje, existe um enorme vazio de fiscalização e da presença do Estado brasileiro nessa estrada. Existe, hoje, abandono em todas as suas vertentes e isso é prejudicial para a população que precisa usar a estrada e, sobretudo, é uma brecha para a expansão dos crimes ambientais. Não é à toa que essa é a região do nosso estado que concentra o desmatamento e as queimadas”, disse o parlamentar. 

Em novembro de 2024, parte da bancada se reuniu com o presidente Lula para discutir propostas para a capital do estado e o presidente se comprometeu com a pavimentação da BR-319 e o alinhamento para a liberação das licenças ambientais.

 

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