Dnit não vai cumprir prazo para obras na BR-319 e quer novo calendário

Superintendente do DNIT, Luciano Filho (Foto: Hudson Fonseca/Aleam)

Manaus (AM) – Uma Audiência Pública na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) foi realizada, nesta terça-feira (13), a pedido do deputado estadual Roberto Cidade (UB), com o objetivo de discutir a reconstrução das pontes sobre o Rio Curuçá e Autaz Mirim, localizadas na BR-319.

Durante a audiência, o superintendente regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luciano Filho, disse que pontes provisórias serão construídas na passagem devido ao atraso na entrega da obra.

Os contratos da obra vão finalizar no dia 10 de outubro, e Luciano Filho diz que não vai renová-los com as empresas que fazem travessia.

Dessa forma, a solução para o superintendente são as pontes provisórias de mão única, que, segundo ele, vão gerar filas, mas “bem menores”, comparadas as da balsa.

Luciano Filho frisou, ainda, que não é responsável pela fiscalização desse tráfego, e sim a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ).

Pressionado por deputados da Casa, o superintendente disse que o atraso na construção foi devido ao período de cheia no local, e que, após o período da vazante do rio – prevista para o segundo semestre de 2023 – as obras devem iniciar. A remoção dos escombros na área também atrasou.

“Não tem como iniciar [as obras] sem retirada de todos os escombros”, enfatizou o superintendente. Apenas 80% dos pedaços das pontes foram recolhidos do local. Segundo Luciano, o estado do rio atrapalhou no trabalho.

“A construção dessas pontes vai demorar um pouco mais do que imaginávamos, tivemos alguns obstáculos, como a remoção dos escombros, que demorou um pouco mais por causa da dificuldade da correnteza. A princípio pensamos que essa obra seria concluída em outubro. Mas, agora digo que elas vão iniciar em outubro”, afirmou Luciano.

Deputados como Comandante Dan Câmara (PSC), o presidente da Casa, Roberto Cidade (UB), Alessandra Campêlo (PSC) e Wilker Barreto (Cidadania) expuseram, na audiência, sobre suas ressalvas com o órgão na demora da entrega das pontes.

“Queria registrar aqui a nossa insatisfação do DNIT na demora para se chegar em uma solução. O rio secou, encheu e eu não consigo entender o motivo de não ter sido feito imediatamente naquele momento um processo de urgência e de contratação”, disse Campêlo.

“Prejuízo ao ir e vir, à educação, à economia, à saúde daqueles amazonenses, com prazos não cumpridos, demandas não atendidas e infelizmente ouço ainda que, após nove meses de desserviço, o contrato com a empresa que presta o desserviço está prestes a ser renovado, porque ela é a única credenciada: é um absurdo”, declarou Dan Câmara.