Castanhal (PA) – A mãe de um menino de 10 anos que sofre com uma doença rara expôs nas redes sociais a indignação com que recebeu uma resposta do prefeito de Castanhal (PA), Paulo Titan, após cobrar o fornecimento de um medicamento.
“É muito fácil você me encontrar na Prefeitura diariamente, das 8h às 10h, onde atendo dezenas de casos todos os dias. Não aceito é drama através de rede social. Vá na Prefeitura, que terá o seu caso resolvido”, escreveu o prefeito.
Bruna Melo se revoltou com a atitude do gestor. “O senhor me respeite e respeite meu filho”, exigiu. Ela destacou que o filho corre risco de morte com a falta do medicamento, e que está sem fornecimento desde dezembro de 2022, contrariando decisões judiciais.
Confira a postagem:
Segundo a mãe de Miguel Melo Matos, a prefeitura deve à criança quatro meses de Modulen, um tipo de formulação nutricional. Uma vez que a cada mês deveriam ser fornecidas 11 latas do material, a prefeitura estaria devendo 44 latas. Segundo a mãe, cada uma custa em torno de R$ 350.
“Essa situação não é novidade para ambos, já que existe um processo desde 2018 para receber fórmulas, e a Prefeitura de Castanhal simplesmente parou de fornecer, em dezembro de 2022”, reclama.
A criança sofre de retocolite ulcerativa, que não tem cura e é autoimune. A formulação ajudaria na cicatrização das úlceras e restauração da mucosa, prejudicadas pela doença que atinge o sistema digestivo. Bruna ainda relata o que ocorreu com o filho, quando o quadro de saúde agravou.
Nas redes sociais, a mãe afirmou que, após a repercussão da fala do prefeito da cidade, recebeu 11 latas na última sexta-feira (24). No entanto, ainda não houve confirmação de que o repasse será normalizado.
O Metrópoles entrou em contato com a Prefeitura de Castanhal, mas não obteve retorno até a publicação do texto. Ao G1, a prefeitura informou que “lamenta o ocorrido e ainda mais que suas palavras possam ter gerado um equívoco de interpretação”.
Segundo a nota, a prefeitura “acompanha o paciente desde 2014, dando todo o suporte para a criança em questão. “Ressalte-se que existe processo judicial em que estado e município são responsáveis pela dispensação do alimento, mas o município vinha arcando sozinho com a entrega”, completa.
O município informou ainda que a aquisição da fórmula está em processo licitatório.
(*) Com informações de Metrópoles
LEIA MAIS:
- Queiroga nega interferência do filho em liberação de recursos: ‘não se sustenta’
- ‘Incompetente querendo aparecer’, diz prefeito sobre Carlos Almeida
- Prefeito diz que fará maior compra de remédios que a cidade já adquiriu
Não deixe de curtir nossa página no Facebook, siga no Instagram e também no X.